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Campanha é uma conquista, diz Leão
Treinador, que tenta sexta vitória seguida no Brasileiro, diz que reação do Corinthians representa triunfo particular
Time enfrenta Figueirense, que não terá sete titulares, e, após se livrar do descenso, ainda sonha com chance remota de ir à Libertadores
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
DIMITRI DO VALLE
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Uma posição intermediária
na tabela, chance remota de vaga na Libertadores. Essa foi a
defesa do título brasileiro do
Corinthians. Para o técnico
Emerson Leão, porém, a campanha pífia do atual campeão,
que hoje enfrenta o Figueirense, às 16h, representa vitória.
A leitura do treinador leva
em conta o fato de ele ter pego o
time em último lugar e tê-lo levado, a quatro rodadas do fim,
ao 12º lugar, com 47 pontos.
"É difícil você avaliar o peso
de uma conquista, mas esses
resultados simbolizam uma
conquista particular", afirma o
técnico, sob o efeito anestésico
de cinco vitórias consecutivas,
a melhor seqüência do time
nesta temporada. Se vencer hoje, vai igualar a marca obtida
pelo técnico Márcio Bittencourt no Nacional de 2005.
Na empolgação por ter se livrado do rebaixamento -vale
lembrar que poucas vezes um
campeão defendeu tão mal um
título-, Leão agradeceu ao presidente do clube, Alberto Dualib, por dar a ele autonomia no
departamento de futebol.
"Ainda temos de chegar o
mais rápido possível a uma
tranqüilidade. Valeu a liberdade de trabalho e a carta-branca
que o presidente me deu. Podemos nos sentir tranqüilos em
relação ao primeiro fantasma,
que era o rebaixamento."
Em meio a uma temporada
de atritos, que devem levar a
um rompimento traumático
entre o clube e a MSI, os corintianos colecionam fracassos
(sexto lugar no Paulista e eliminações precoces na Libertadores e na Sul-Americana).
A última luz da temporada é a
vaga esperança de estar na Libertadores em 2007. O Corinthians tem chances mínimas de
conseguir, mas Leão afirmou
não ter preocupação com isso.
O treinador disse que quer "ir
ganhando" até o final.
"Esperamos continuar subindo. Aí poderemos ver o que
vai acontecer. O compromisso
entre os jogadores é de superação. O que vier é resultado."
Antes de seguir de Curitiba
para Florianópolis, Leão disse
que as dez vitórias, das 14 do time, neste Brasileiro já podem
ser consideradas um feito raro.
"Minha meta era chegar aos 47
pontos, afastar o fantasma do
rebaixamento e tranqüilizar a
torcida. Conseguimos. Vamos
ver o que teremos pela frente."
O treinador promete escalar
um time ofensivo, como na vitória sobre o Atlético-PR no
meio da semana. Não adiantou
nomes, mas antecipou a volta
dos volantes Marcelo Mattos e
Magrão, que cumpriram suspensão. Paulo Almeida e Rafael
Fefo devem voltar à reserva.
Leão vai enfrentar um adversário sem sete titulares. Apesar
disso, o treinador disse que não
se considera favorito. Citou o
próprio Corinthians da virada
sobre o Atlético-PR, escalado
com sete atletas formados nas
categorias de base. "Os reservas
que estão entrando estão dando conta do recado, entrando
com motivação", disse Leão.
Hoje, ele volta a apostar nos
pratas da casa. O treinador tem
elogiado principalmente o lateral-direito Fagner, de 17 anos, e
o atacante Wilson, de 21.
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