São Paulo, domingo, 12 de novembro de 2006

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Campanha é uma conquista, diz Leão

Treinador, que tenta sexta vitória seguida no Brasileiro, diz que reação do Corinthians representa triunfo particular

Time enfrenta Figueirense, que não terá sete titulares, e, após se livrar do descenso, ainda sonha com chance remota de ir à Libertadores


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

DIMITRI DO VALLE
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Uma posição intermediária na tabela, chance remota de vaga na Libertadores. Essa foi a defesa do título brasileiro do Corinthians. Para o técnico Emerson Leão, porém, a campanha pífia do atual campeão, que hoje enfrenta o Figueirense, às 16h, representa vitória.
A leitura do treinador leva em conta o fato de ele ter pego o time em último lugar e tê-lo levado, a quatro rodadas do fim, ao 12º lugar, com 47 pontos.
"É difícil você avaliar o peso de uma conquista, mas esses resultados simbolizam uma conquista particular", afirma o técnico, sob o efeito anestésico de cinco vitórias consecutivas, a melhor seqüência do time nesta temporada. Se vencer hoje, vai igualar a marca obtida pelo técnico Márcio Bittencourt no Nacional de 2005.
Na empolgação por ter se livrado do rebaixamento -vale lembrar que poucas vezes um campeão defendeu tão mal um título-, Leão agradeceu ao presidente do clube, Alberto Dualib, por dar a ele autonomia no departamento de futebol.
"Ainda temos de chegar o mais rápido possível a uma tranqüilidade. Valeu a liberdade de trabalho e a carta-branca que o presidente me deu. Podemos nos sentir tranqüilos em relação ao primeiro fantasma, que era o rebaixamento."
Em meio a uma temporada de atritos, que devem levar a um rompimento traumático entre o clube e a MSI, os corintianos colecionam fracassos (sexto lugar no Paulista e eliminações precoces na Libertadores e na Sul-Americana).
A última luz da temporada é a vaga esperança de estar na Libertadores em 2007. O Corinthians tem chances mínimas de conseguir, mas Leão afirmou não ter preocupação com isso. O treinador disse que quer "ir ganhando" até o final.
"Esperamos continuar subindo. Aí poderemos ver o que vai acontecer. O compromisso entre os jogadores é de superação. O que vier é resultado."
Antes de seguir de Curitiba para Florianópolis, Leão disse que as dez vitórias, das 14 do time, neste Brasileiro já podem ser consideradas um feito raro. "Minha meta era chegar aos 47 pontos, afastar o fantasma do rebaixamento e tranqüilizar a torcida. Conseguimos. Vamos ver o que teremos pela frente."
O treinador promete escalar um time ofensivo, como na vitória sobre o Atlético-PR no meio da semana. Não adiantou nomes, mas antecipou a volta dos volantes Marcelo Mattos e Magrão, que cumpriram suspensão. Paulo Almeida e Rafael Fefo devem voltar à reserva.
Leão vai enfrentar um adversário sem sete titulares. Apesar disso, o treinador disse que não se considera favorito. Citou o próprio Corinthians da virada sobre o Atlético-PR, escalado com sete atletas formados nas categorias de base. "Os reservas que estão entrando estão dando conta do recado, entrando com motivação", disse Leão.
Hoje, ele volta a apostar nos pratas da casa. O treinador tem elogiado principalmente o lateral-direito Fagner, de 17 anos, e o atacante Wilson, de 21.


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