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O início da dinastia HMTF?
Atlético-MG tenta deter o milionário Corinthians na abertura das finais do Brasileiro-99
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Otávio Dias de Oliveira/Folha Imagem
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O atacante Guilherme, artilheiro do Brasileiro, com 25 gols, descansa no hotel do Atlético-MG, que recebe hoje no Mineirão o Corinthians, no primeiro jogo da final |
da Reportagem Local
Após ver seus rivais brilharem
ao longo das últimas décadas, o
Corinthians tem a partir de hoje a
primeira grande chance de estabelecer uma inédita hegemonia.
Se bater o Atlético-MG na decisão do Brasileiro, que começa hoje, às 18h30, em Belo Horizonte, o
time chegará ao bicampeonato e
dará contornos a "era HMTF".
O fundo de investimentos norte-americano, que assumiu o time
em abril, trouxe seis dos titulares
de hoje: Dida, César Prates, Luciano, Vampeta, Edílson e Luizão.
Sem falar em Marcelinho, adquirido pelo clube, mas com dinheiro do parceiro.
Já o seu rival, o Atlético-MG,
mantém uma administração tradicional, minada por dívidas, e
por isso apresenta uma equipe
com vários atletas emprestados
-só anteontem fechou um patrocínio-tampão, para as finais.
A espera dos corintianos por essa hegemonia vem desde os anos
50, quando começou a pior fase
do time -22 anos de fila, mais até
do que durou a era de ouro do
Santos, a era Pelé (1957-1973).
Nos anos 90, a primeira equipe a
dominar o cenário nacional foi o
São Paulo, na ""era Telê" (1991-1994), com dois títulos paulistas,
um brasileiro, dois da Libertadores (além de um vice), dois do
Mundial interclubes e, já na fase
descendente, um da Copa Conmebol. O segredo era uma comissão técnica eficiente amparada
por uma organização inédita.
Aos poucos, foi superado pelo
Palmeiras, que cresceu ao assinar
um inédito contrato de co-gestão
com a multinacional Parmalat.
Em relação à sua antecessora, a
""era Parmalat" foi mais longa
(com duas fases), mas menos prolífica em títulos internacionais.
Na primeira fase, sob o comando de Wanderley Luxemburgo, o
Palmeiras saiu da fila de 16 anos
sem vencer títulos e ganhou três
Paulistas e dois Brasileiros.
Na segunda, com Luiz Felipe
Scolari, houve menos títulos, mas
todos inéditos: Copa do Brasil,
Copa Mercosul e Libertadores.
Agora, pode ser a vez do Corinthians. O time que dominou o futebol paulista na fase do amadorismo, não tem um período de
tantos títulos desde os anos 20 e
30, quando ganhou três tricampeonatos estaduais em 18 anos.
Nos últimos três anos, o time
venceu dois Paulistas e chegou à
final de outro, ganhou um Brasileiro e é favorito para o deste ano.
Mas, mais importante, o time,
por liderar o campeonato de ponta a ponta, adquiriu aura de equipe quase imbatível, de referência
nacional, como já foram seus rivais e como ele não havia sido ainda nesta metade de século.
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