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São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Aristizábal bate recorde de gols, Rojas brilha na prancheta e Maldonado, Lugano e Gavillán superam desconfiança

Minilegião estrangeira brilha no BR-03

Antonio Pacheco/Agência RBS
O paraguaio Gavillán, que já fez oito no Brasileiro e disse ter sido sondado pelo futebol do Japão, brinca em treino do Internacional


PAULO COBOS
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Eles são poucos, mas vão terminar o Brasileiro-2003 com motivos para festejar. Praticamente todos os estrangeiros que trabalharam no principal campeonato do país atingiram marcas históricas ou superaram desconfianças.
O colombiano Aristizábal é agora o forasteiro com mais gols acumulados (41) e em uma só edição do Nacional (21). O chileno Roberto Rojas, apesar de estar sendo dispensado da cargo pelo São Paulo, é o treinador importado com a melhor colocação final (terceiro) desde o argentino José Poy no início da década de 70.
O também chileno Maldonado está em praticamente todas as seleções ideais da competição. O paraguaio Gavillán é destaque do Inter, que tenta amanhã uma vaga na Libertadores. No São Paulo, o uruguaio Lugano, que chegou sob forte desconfiança, é hoje titular absoluto da defesa do time, outro que já garantiu lugar na competição sul-americana em 2004.
Para Lugano, a habilidade dos atacantes brasileiros dificultou sua adaptação. "O futebol aqui é mais ofensivo. Para piorar, é mais difícil fechar os espaços porque os gramados são maiores do que em outros países da América do Sul", explicou o são-paulino.
Ele acredita que a qualidade dos atletas do Brasil deixa menos espaço para jogadores de fora.
"Estou deixando minha marca, meu nome no Brasil", comemora Aristizábal, feliz por triunfar no país pentacampeão mundial.
Para os forasteiros, o Brasil pode ser o trampolim para países que pagam salários milionários.
"Como os melhores jogadores aparecem aqui, todos acompanham o Brasileiro. Já recebi telefonemas de gente do Japão que está acompanhando meus jogos", afirmou Gavillán.
"Aqui o clima e a cidade são parecidos com o que estou acostumado. A língua também é quase igual. Tudo isso ajuda na hora de entrar em campo." No Internacional, ele deixou o meio-campo para jogar na lateral. Já fez oito gols nesta temporada e esteve em campo em 37 das 45 rodadas realizadas até o momento.
Além de Rojas e dos jogadores que defendem times em boa colocação na tabela, forasteiros com emprego em clubes de situação delicada na tabela, em menor escala, também comemoram.
Vice-lanterna e perto do rebaixamento -precisa vencer, em casa, o Fortaleza no domingo-, a Ponte Preta teve apenas um motivo de festa no campeonato. Foi a vitória sobre o Guarani no segundo turno, por 3 a 1, com três gols do argentino Gigena.
Último estrangeiro a chegar ao país, o zagueiro panamenho Baloy é outro que pode terminar o ano em alta.
Só depois que ele foi efetivado como titular, no segundo turno, que o Grêmio começou a arrancada que pode salvar o time gaúcho do descenso -basta uma vitória, em Porto Alegre, no domingo contra o Corinthians.
Com exceção de Rojas e provavelmente Gigena, todos os estrangeiros que atuaram no Brasileiro-03 devem seguir no país em 2004.


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