São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2001

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Sem velocidade, saltador tentava flutuar na pista

DA REPORTAGEM LOCAL

As características de Adhemar Ferreira da Silva eram o impulso e o ritmo dos saltos, que faziam seu corpo flutuar. A impulsão garantia 37% da marca final já no primeiro salto e entre 30% e 33% no segundo e terceiro, respectivamente.
"Ele aprimorou a técnica, já que não tinha muita velocidade na corrida para a impulsão inicial. Era um salto mais elástico", disse Pedro Henrique Camargo de Toledo, o Pedrão, técnico de outro ex-recordista mundial, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.
As marcas de Adhemar não podem ser comparadas com as dos competidores que vieram após sua época. Afinal, o material esportivo (uniformes, pistas, sapatilhas etc.) era menos desenvolvido. A sapatilha, por exemplo, era mais pesada.
Adhemar treinava e competia com tornozeleira e uma proteção de borracha na sapatilha, para poupar o calcanhar no impacto dos saltos. Orgulhava-se de nunca ter sofrido lesão no calcanhar ou no tornozelo.
Sempre mostrou gratidão ao técnico que o iniciou aos saltos no atletismo. Atribuía ao alemão Dietrich Gerner, treinador do São Paulo no campo do Canindé, não só o fato de ter feito dele um campeão, mas sim um "verdadeiro homem".


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