São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2001 |
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Amigos reclamam de esquecimento DA REPORTAGEM LOCAL Amigos e parentes de Adhemar Ferreira da Silva reclamaram muito da falta de memória esportiva no país. Para Nelson Prudêncio, medalhista no salto triplo nos Jogos da Cidade do México-68 e Munique-72, Adhemar era mais lembrado no exterior. "Isso é um fato. Ele era mais conhecido lá fora do que aqui dentro", disse ele. O ex-triplista declarou que, durante uma competição de atletismo, o norte-americano Willie Banks, que batera o recorde mundial do salto triplo em 1985, reconheceu Prudêncio e Adhemar. "Ele veio conversar com a gente. Pouco depois chegou um repórter brasileiro que não sabia nem quem éramos", afirmou. O empresário Leonardo Placcucci, amigo de Adhemar e proprietário da UniSant"Anna, era um dos mais exaltados. "O Brasil só dá valor às pessoas depois que elas morrem. O governo nunca fez nada por ele. O Adhemar tinha é que ser respeitado com dignidade quando ainda estava vivo", declarou. Para Adyel da Silva, filha de Adhemar, a maior lembrança do pai será seu amor ao esporte. "O Brasil perdeu um de seus heróis, um atleta que não misturava esporte com dinheiro", disse ela. O bicampeão olímpico competiu em uma época em que os atletas não obtinham benefícios econômicos com seus feitos. Adhemar chegou a recusar uma casa para não ser banido do esporte pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). Naquela época, isso poderia ser encarado como um ato de profissionalismo. (ALF) Texto Anterior: Prazer de ir além é o legado transmitido por Adhemar Próximo Texto: Futebol: CBF anuncia o São Caetano na 1ª divisão Índice |
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