São Paulo, sexta, 13 de fevereiro de 1998

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FUTEBOL
Coritiba e Paraná Clube emprestaram três jogadores ao Siófoki em busca de ofertas de equipes européias
Hungria vira "vitrine' para paranaenses

FLÁVIO ARANTES
da Agência Folha, em Curitiba

Para divulgar seus jogadores na Europa, o Coritiba e o Paraná Clube fecharam contrato com o Siófoki, em que a equipe da primeira divisão do futebol da Hungria vai desempenhar o papel de vitrine.
O atacante Gugu e o meia Tato, do Paraná Clube, e o atacante Régis, do Coritiba, vão passar uma período de cinco meses no Siófoki disputando o returno do campeonato húngaro.
Os jogadores não foram vendidos. Seus passes foram emprestados sem custos para o time húngaro, exceto os salários e as despesas de alojamento.
Com o fim do contrato, caso os jogadores mostrem um bom futebol, a esperança dos clubes paranaenses é de que alguma grande equipe européia se interesse em os comprar.
O vice-presidente de Futebol do Paraná, Amilton Stival, afirma que o passe dos dois jogadores do clube foi fixado em R$ 3 milhões cada. O Coritiba, segundo sua assessoria de imprensa, não determinou o valor do passe de Régis.
A transferência dos jogadores, segundo o dirigente, faz parte de um acordo inédito entre clubes brasileiros e húngaros.
""É uma oportunidade de colocar esses jogadores na vitrine do futebol europeu", declarou Stival.
Segundo o dirigente do Paraná, Gugu, 21, e Tato, 21, não foram aproveitados pelo técnico Cláudio Duarte na equipe profissional que está disputando o Campeonato Paranaense.
Com essa idade, eles já não podem atuar nos juniores. A transferência é uma solução para que não fiquem parados. Gugu está no Coritiba desde os nove anos, e Tato, há cinco anos.
A oportunidade de jogar na Hungria vai se transformar também no primeiro contrato profissional dos dois atletas.
Salário e moradia
Segundo Stival, os húngaros devem pagar cerca de US$ 2.000 por mês para cada jogador, além de moradia.
Para Stival, além de colocar os atletas para atuar na Europa, a transferência é também uma chance de divulgação do Paraná no exterior, o que pode garantir contratos para excursões.
""Não temos a mesma penetração na mídia de um Grêmio ou um Flamengo, por exemplo", disse.
A situação de Gugu e Tato é a mesma de Régis, 21, do Coritiba. ""É um jogador que não ia ser aproveitado. Ir jogar lá é meio como uma aventura", afirmou Marco Antônio Assef, assessor de imprensa do Coritiba.
Segundo Assef, caso o Siófoki consiga negociar o passe do jogador com outros clubes europeus, o clube húngaro fica com 50% do valor da venda, e o Coritiba com a outra metade.



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