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FUTEBOL
Coritiba e Paraná Clube emprestaram três jogadores ao Siófoki em busca de ofertas de equipes européias
Hungria vira "vitrine' para paranaenses
FLÁVIO ARANTES
da Agência Folha, em Curitiba
Para divulgar seus jogadores na
Europa, o Coritiba e o Paraná Clube fecharam contrato com o Siófoki, em que a equipe da primeira
divisão do futebol da Hungria vai
desempenhar o papel de vitrine.
O atacante Gugu e o meia Tato,
do Paraná Clube, e o atacante Régis, do Coritiba, vão passar uma
período de cinco meses no Siófoki
disputando o returno do campeonato húngaro.
Os jogadores não foram vendidos. Seus passes foram emprestados sem custos para o time húngaro, exceto os salários e as despesas
de alojamento.
Com o fim do contrato, caso os
jogadores mostrem um bom futebol, a esperança dos clubes paranaenses é de que alguma grande
equipe européia se interesse em os
comprar.
O vice-presidente de Futebol do
Paraná, Amilton Stival, afirma
que o passe dos dois jogadores do
clube foi fixado em R$ 3 milhões
cada. O Coritiba, segundo sua assessoria de imprensa, não determinou o valor do passe de Régis.
A transferência dos jogadores,
segundo o dirigente, faz parte de
um acordo inédito entre clubes
brasileiros e húngaros.
""É uma oportunidade de colocar
esses jogadores na vitrine do futebol europeu", declarou Stival.
Segundo o dirigente do Paraná,
Gugu, 21, e Tato, 21, não foram
aproveitados pelo técnico Cláudio
Duarte na equipe profissional que
está disputando o Campeonato
Paranaense.
Com essa idade, eles já não podem atuar nos juniores. A transferência é uma solução para que não
fiquem parados. Gugu está no Coritiba desde os nove anos, e Tato,
há cinco anos.
A oportunidade de jogar na
Hungria vai se transformar também no primeiro contrato profissional dos dois atletas.
Salário e moradia
Segundo Stival, os húngaros devem pagar cerca de US$ 2.000 por
mês para cada jogador, além de
moradia.
Para Stival, além de colocar os
atletas para atuar na Europa, a
transferência é também uma
chance de divulgação do Paraná
no exterior, o que pode garantir
contratos para excursões.
""Não temos a mesma penetração
na mídia de um Grêmio ou um
Flamengo, por exemplo", disse.
A situação de Gugu e Tato é a
mesma de Régis, 21, do Coritiba.
""É um jogador que não ia ser
aproveitado. Ir jogar lá é meio como uma aventura", afirmou Marco Antônio Assef, assessor de imprensa do Coritiba.
Segundo Assef, caso o Siófoki
consiga negociar o passe do jogador com outros clubes europeus, o
clube húngaro fica com 50% do
valor da venda, e o Coritiba com a
outra metade.
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