São Paulo, sábado, 13 de março de 2010

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Ajustes devem ser tônica de "nova Indy"

Treinos servem para fazer adaptações à pista e como estreia para alguns pilotos

Trânsito paulista impede a realização de testes no circuito paulistano, que terá seus treinos, hoje, em três sessões a partir da manhã

FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma pista zero quilômetro. Pilotos que pouco testaram após a última temporada.
Encerrando um hiato de 61 anos sem provas de rua em São Paulo e com total cara de novidade, o circuito do Anhembi recebe hoje, pela primeira vez, os carros da Indy. Com expectativa de reparos de última hora.
A primeira sessão de treinos começa às 9h, e a classificação está marcada para as 15h30. A São Paulo Indy 300 abre a temporada 2010 da categoria, e todas as sessões serão mostradas ao vivo pela TV Bandeirantes.
O dia será de ajustes. A combinação de pilotos enferrujados num início de temporada com pouquíssimos testes e numa pista estreante normalmente implica em trabalho extra.
Para tentar conter os custos, as equipes colocaram os carros para testar em apenas duas ocasiões neste ano, no Alabama e em Sebring, nos EUA. Alguns pilotos, como o brasileiro Mario Moraes, da KV Racing, que fecharam contratos depois disso, nem sequer treinaram.
"Se você perguntar para dez pilotos se eles gostariam de ter mais testes, os dez responderiam que sim. Mas a categoria tem preocupação com os custos", disse Helio Castro Neves.
A escassez de testes, recorrente no automobilismo atual, é reflexo da crise econômica.
"Para nós dificulta bastante porque estamos disputando com equipes de uma experiência enorme. Somos um time novo e, no nosso caso, ajudaria termos mais simulados", declarou Gil de Ferran, sócio da De Ferran/Luczo Dragon.
E não é só. O circuito de rua de São Paulo, com 4.184 m, também não foi sequer testado.
"Talvez seja necessário um ajuste ou outro, é normal quando uma pista recebe os carros pela primeira vez. Mas estamos preparados para isso", afirmou Terry Angstadt, presidente comercial da IRL, entidade que comanda a categoria.
Provas na rua, principalmente em estreias, são propensas a problemas no traçado. E o Brasil tem um exemplo recente. Em 2005, em Salvador, a F-Renault paralisou treinos para ajustar os carros para que fosse possível contornar uma curva.
"No máximo penso que será necessário alterar as posições de algumas barreiras de pneus", disse Nestor Valduga, presidente do CTDN (Conselho Técnico Desportivo Nacional) da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).
"Penso que o ponto mais complicado é o S do Samba [sequência de quatro curvas], onde é difícil colocar um carro de resgate", avaliou Valduga.
Outros traçados em vias públicas, como em Valencia, receberam provas de categorias de base antes do evento principal.
"É lógico que o ideal seria fazer testes. Mas como iríamos parar o trânsito de São Paulo?", indaga Valduga.


NA TV - Treinos da SP Indy 300
Band, ao vivo, às 9h, 12h30 e 15h30




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