|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ajustes devem ser tônica de "nova Indy"
Treinos servem para fazer adaptações à pista e como estreia para alguns pilotos
Trânsito paulista impede a realização de testes no circuito paulistano, que terá seus treinos, hoje, em três sessões a partir da manhã
FÁBIO SEIXAS
EDITOR-ADJUNTO DE ESPORTE
JOSÉ EDUARDO MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma pista zero quilômetro.
Pilotos que pouco testaram
após a última temporada.
Encerrando um hiato de 61
anos sem provas de rua em São
Paulo e com total cara de novidade, o circuito do Anhembi recebe hoje, pela primeira vez, os
carros da Indy. Com expectativa de reparos de última hora.
A primeira sessão de treinos
começa às 9h, e a classificação
está marcada para as 15h30. A
São Paulo Indy 300 abre a temporada 2010 da categoria, e todas as sessões serão mostradas
ao vivo pela TV Bandeirantes.
O dia será de ajustes. A combinação de pilotos enferrujados
num início de temporada com
pouquíssimos testes e numa
pista estreante normalmente
implica em trabalho extra.
Para tentar conter os custos,
as equipes colocaram os carros
para testar em apenas duas
ocasiões neste ano, no Alabama
e em Sebring, nos EUA. Alguns
pilotos, como o brasileiro Mario Moraes, da KV Racing, que
fecharam contratos depois disso, nem sequer treinaram.
"Se você perguntar para dez
pilotos se eles gostariam de ter
mais testes, os dez responderiam que sim. Mas a categoria
tem preocupação com os custos", disse Helio Castro Neves.
A escassez de testes, recorrente no automobilismo atual,
é reflexo da crise econômica.
"Para nós dificulta bastante
porque estamos disputando
com equipes de uma experiência enorme. Somos um time
novo e, no nosso caso, ajudaria
termos mais simulados", declarou Gil de Ferran, sócio da De
Ferran/Luczo Dragon.
E não é só. O circuito de rua
de São Paulo, com 4.184 m,
também não foi sequer testado.
"Talvez seja necessário um
ajuste ou outro, é normal quando uma pista recebe os carros
pela primeira vez. Mas estamos
preparados para isso", afirmou
Terry Angstadt, presidente comercial da IRL, entidade que
comanda a categoria.
Provas na rua, principalmente em estreias, são propensas a
problemas no traçado. E o Brasil tem um exemplo recente.
Em 2005, em Salvador, a F-Renault paralisou treinos para
ajustar os carros para que fosse
possível contornar uma curva.
"No máximo penso que será
necessário alterar as posições
de algumas barreiras de
pneus", disse Nestor Valduga,
presidente do CTDN (Conselho Técnico Desportivo Nacional) da CBA (Confederação
Brasileira de Automobilismo).
"Penso que o ponto mais
complicado é o S do Samba [sequência de quatro curvas], onde é difícil colocar um carro de
resgate", avaliou Valduga.
Outros traçados em vias públicas, como em Valencia, receberam provas de categorias de
base antes do evento principal.
"É lógico que o ideal seria fazer testes. Mas como iríamos
parar o trânsito de São Paulo?",
indaga Valduga.
NA TV - Treinos da SP Indy 300
Band, ao vivo, às 9h, 12h30 e 15h30
Texto Anterior: Primeiros treinos confirmam equilíbrio entre 4 times Próximo Texto: Brasileiros Índice
|