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O PERSONAGEM
Técnico de atleta esteve envolvido em escândalo
DA REPORTAGEM LOCAL
O mesmo nome que levou
Justin Gatlin ao topo nas pistas é responsável pela aura
de dúvida que pode pairar
sobre seus resultados.
Em 2002, após perder seus
principais pupilos, Trevor
Graham virou suas atenções
para um grandalhão da Flórida, que foi hiperativo
quando criança e já estraçalhava marcas amadoras.
Ele levou Gatlin para a Carolina do Norte e o transformou em, além de amante do
sax, fenômeno nas pistas.
Já em 2003, o velocista de
1,85 m conquistou a medalha de ouro nos 60 m rasos
do Mundial indoor.
Parceria feliz, mas que começou sob uma sombra. A
mais escura do atletismo.
Os pupilos que deixaram
Graham eram Marion Jones
e Tim Montgomery, dois
dos principais alvos do
maior escândalo de doping
do esporte dos EUA.
O jamaicano, aliás, foi, até
2001, sócio da Balco (laboratório que fabricava o esteróide THG) e teve uma série de
atletas pegos no antidoping.
Graham não esconde a
preocupação em ligar seu
nome ao laboratório.
Em 2004, após dois de seus
atletas chegarem à final
olímpica, virou-se para os
repórteres e ditou: "Nada de
perguntas sobre Balco".
Para o estafe do corredor, a
imagem de Gatlin só ficará
manchada se for provada a
culpa do treinador no escândalo de doping.
Os atletas treinados por ele
costumam fazer comentários elogiosos a seu respeito.
Segundo eles, Graham é
muito técnico e está sempre
estudando as provas e procurando novas maneiras de
mantê-los em forma.
Mas, às vezes, criticam seu
jeito de "sargento."
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