São Paulo, sábado, 13 de maio de 2006

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O PERSONAGEM

Técnico de atleta esteve envolvido em escândalo

DA REPORTAGEM LOCAL

O mesmo nome que levou Justin Gatlin ao topo nas pistas é responsável pela aura de dúvida que pode pairar sobre seus resultados.
Em 2002, após perder seus principais pupilos, Trevor Graham virou suas atenções para um grandalhão da Flórida, que foi hiperativo quando criança e já estraçalhava marcas amadoras.
Ele levou Gatlin para a Carolina do Norte e o transformou em, além de amante do sax, fenômeno nas pistas.
Já em 2003, o velocista de 1,85 m conquistou a medalha de ouro nos 60 m rasos do Mundial indoor.
Parceria feliz, mas que começou sob uma sombra. A mais escura do atletismo.
Os pupilos que deixaram Graham eram Marion Jones e Tim Montgomery, dois dos principais alvos do maior escândalo de doping do esporte dos EUA.
O jamaicano, aliás, foi, até 2001, sócio da Balco (laboratório que fabricava o esteróide THG) e teve uma série de atletas pegos no antidoping.
Graham não esconde a preocupação em ligar seu nome ao laboratório.
Em 2004, após dois de seus atletas chegarem à final olímpica, virou-se para os repórteres e ditou: "Nada de perguntas sobre Balco".
Para o estafe do corredor, a imagem de Gatlin só ficará manchada se for provada a culpa do treinador no escândalo de doping.
Os atletas treinados por ele costumam fazer comentários elogiosos a seu respeito. Segundo eles, Graham é muito técnico e está sempre estudando as provas e procurando novas maneiras de mantê-los em forma.
Mas, às vezes, criticam seu jeito de "sargento."


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