São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2008

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Agora referência ofensiva, Herrera tenta melhor desempenho da carreira

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao chegar ao Parque São Jorge no início do ano, desconhecido e ao custo de US$ 220 mil (aproximadamente R$ 374 mil), Germán Gustavo Herrera, 24, apresentava como currículo a média de quatro gols por ano e um incômodo apelido para um atacante: Quase gol (ou Casigol, em espanhol).
Agora, pouco mais de quatro meses depois, o argentino ganha status de homem-gol e já vislumbra a temporada mais goleadora de sua carreira.
Turbinado por cinco gols anotados nos últimos três jogos, Herrera acumula nove neste ano e já igualou sua melhor performance como profissional, obtida há dois anos.
Coincidência ou não, assim como no Corinthians, seu técnico naquela temporada era Mano Menezes, no Grêmio.
Sua passagem pelo futebol gaúcho foi o que o credenciou a ser indicado pelo técnico como reforço para o Corinthians.
"Existem muitas características de um jogador que agradam ao técnico, mas para o atacante, certamente o que mais lhe dá prazer é fazer gols", diz o treinador.
A repentina subida de produção do atacante argentino com a camisa alvinegra já começa a lhe trazer lucro.
Antes de marcar um gol na partida contra o Goiás, em que o time goleou e avançou na Copa do Brasil, Herrera,que figura na lista dos atletas mais bem pagos do elenco (R$ 71 mil mensais), estava na lista de jogadores perseguidos pela torcida, que pedia sua dispensa. Até então, o camisa 17 tinha apenas quatro gols em 18 jogos, apesar de ter sido titular na maioria deles.
Situação bem diferente da vivida no último sábado, quando ele marcou duas vezes e foi destaque na estréia do time na Série B, contra o CRB. Ao ser substituído, Herrera foi aplaudido de pé pelos corintianos.
O novo status de goleador, aliado à vontade que sempre demonstra nos jogos, dando carrinhos e dividindo bolas no ataque e até na defesa, fez com que Herrera fosse comparado com Carlos Tevez.
A alusão, no entanto, não lhe agrada. "Agradeço pelo carinho da torcida, mas não tem que me comparar com Carlitos. Somos muito diferentes", afirma Herrera.
O jogador parece ter conquistado a confiança também de seus companheiros. "Muitos duvidavam dele e agora ele está provando que tem talento", opina Douglas. (LF E PGA)


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