ROBERTO DIAS
da Reportagem Local

Fernando Meligeni considerou a vitória de ontem, no Super 9 de Roma, a maior de sua carreira -ele é profissional desde 1990.
O brasileiro mencionou três pontos estratégicos: deixar Pete Sampras no fundo da quadra, levantar a bola e obrigar o norte-americano (que reconhece não estar em boa forma física) a se movimentar bastante. "Tem de estar muito sólido para ganhar dele, principalmente do jeito que eu ganhei", afirmou Meligeni.

Folha - É a maior vitória de sua carreira?
Fernando Meligeni - Com certeza, com certeza. Ganhar de um tenista que terminou seis anos na frente do ranking, que está a três semanas de se tornar o jogador que mais ficou na frente do ranking na história, passando o (Ivan) Lendl e o (Jimmy) Connors, seja no saibro, seja na grama, é difícil.
Folha - Qual foi sua estratégia para ganhar?
Meligeni - Joguei muito. Fiz tudo certo, estava muito sólido. Devolvi muito bem o saque (fez 53% dos pontos nas devoluções, contra um índice de 36% de Sampras). Aproveitei bem as chances que tive. Joguei dentro do que combinei com Ricardo Acyoli (técnico), que era deixar ele no fundo, jogar a bola alto, fazer ele se mexer. Tem de estar muito sólido para ganhar dele, principalmente do jeito que ganhei.
Folha - Depois desse jogo, você acha que já vão considerá-lo um dos favoritos para Roland Garros?
Meligeni - Minha cabeça continua sendo a mesma. Não fico pensando muito gigante, não. Mas agora o respeito de cada um vai aumentar quando entrar na quadra. Eu estou ganhando de caras que estão aí há muito tempo.
Folha - Você já enfrentou Mantilla quatro vezes e perdeu todas. Dá para começar a reverter o retrospecto hoje?
Meligeni - São jogadores (Sampras e Mantilla) diferentes. Mas a gente (ele e Mantilla) joga bem parecido. Vou mudar minha maneira de jogar. Toda vez que a gente jogou, ele acabou levando a melhor no final. Ele sabe que vai ter um jogo duro. Mas ainda não deu para pensar muito nele.



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