|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Banco ajuda clube a atrair novos investimentos
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Reportagem Local
Além do forte investimento nas
categorias de base, o que distingue
o Vitória de outros clubes brasileiros é a estratégia usada no processo de profissionalização de seu departamento de futebol.
Antes de selecionar as empresas
interessadas em investir no setor, o
clube estabeleceu, no início do
ano, uma parceria estratégica com
o Chase Manhattan, um dos maiores bancos norte-americanos.
"O Chase não é investidor (como
a Hicks Muse, no Corinthians)
nem patrocinador (caso da Cirio,
no São Paulo), mas é nosso adviser
exclusivo no ramo de investimentos esportivos", explicou Wellington Sampaio, diretor de novos negócios do Vitória.
"Eles estão trabalhando para trazer propostas de negócios para o
clube, que possam ajudá-lo a se
fortalecer financeiramente."
Segundo Sampaio, um dos problemas que o time baiano enfrentou nos últimos anos foi a necessidade de vender atletas jovens, revelados em suas categorias de base, para fazer caixa.
Com os contatos que começaram
a ser feitos pela diretoria do Chase,
o objetivo é alterar o quadro, mantendo as revelações no Vitória, que
poderia, como consequência,
montar uma equipe mais forte.
De acordo com Sampaio, até dezembro, deverão estar definidos os
nomes das empresas que investirão no futebol do clube. "Estamos
em fase de negociação, mas posso
dizer que não são empresas ligadas
ao J. Hawilla ou ao Pelé", afirmou,
referindo-se às agências de marketing esportivo Traffic e Pelé Sports
& Marketing.
Assim que forem definidos os investidores, haverá uma nova composição acionária do Vitória S/A,
empresa criada há mais de um ano
para administrar profissionalmente o futebol do clube. Por enquanto, 90% das cotas pertencem
ao próprio Vitória, 10%, a um grupo de sócios individuais.
A idéia de ter um parceiro estratégico surgiu no ano passado, antes mesmo de o Excel, que patrocinava o time, passar para o Bilbao
Vizcaya, banco sem interesse de
continuar investindo no esporte.
As negociações para a parceria
começaram em 1998 com o Patrimônio, que chegou a ser o banco
de investimentos mais rentável do
Brasil no ano anterior.
Mas, como em janeiro de 1999 o
Patrimônio foi adquirido pelo
Chase, o acerto foi feito com a instituição norte-americana.
"É uma parceria importante,
porque o Chase é um interlocutor
de peso, com larga experiência internacional", comentou o consultor Marco Aurélio Klein, que intermediou o negócio. "Ela não foi feita para resolver um problema de
caixa para amanhã, mas para resolver questões de longo prazo."
Uma das idéias que está sendo
discutida no Vitória é a adoção, no
futuro, do patrocínio múltiplo, assim como o Corinthians pretende
fazer no ano que vem, quando terminar o contrato com a Batavo.
Como acontece com alguns clubes europeus, os baianos teriam,
então, mais de um patrocinador
em suas camisas.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|