São Paulo, quinta, 13 de maio de 1999

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Torcida corintiana ovaciona Oswaldo e Maurício

da Reportagem Local

Mesmo com a eliminação do time, a atuação no tempo regulamentar do clássico de ontem fez a torcida do Corinthians gritar o nome de Oswaldo de Oliveira, pedindo para o técnico continuar no comando da equipe.
Assim que assumiu o time, cinco dias antes do primeiro jogo das quartas-de-final da Libertadores, contra o Palmeiras, Oliveira chegou a ser questionado pela Gaviões da Fiel, a maior organizada do Corinthians, que o considerava inexperiente e com parcos conhecimentos do futebol paulista.
Mas ontem a própria Gaviões parecia ter mudado de idéia, gritando "Oswaldo" várias vezes.
Para o segundo semestre, a intenção da diretoria corintiana é contratar outro treinador para o lugar de Oliveira. O mais cotado é Levir Culpi, que está no Cruzeiro e também interessa ao Palmeiras.
O goleiro Maurício, mesmo no primeiro tempo, quando era pouco acionado, também recebia o apoio da torcida, que vinha criticando muito Nei, o ex-titular, afastado anteontem por Oliveira.
No segundo tempo, quando salvou gol de Paulo Nunes, foi ovacionado pelos corintianos, que gritavam "Maurício é titular".
Com o afastamento de Nei, que nem no banco de reservas ficou, a tendência é Maurício continuar como titular pelo menos até o final do primeiro semestre. Para o Brasileiro-99, a diretoria tenta a contratação de Velloso, do Palmeiras, que se recupera de contusão.
Os jogadores de defesa do Corinthians acreditam que o time tem mais segurança com Maurício.
No último jogo contra o Palmeiras, por exemplo, o zagueiro Gamarra reclamava das saídas de bola de Nei. Ontem, com Maurício no gol, o mesmo não aconteceu.
Apesar da boa atuação, os corintianos não gostaram da arbitragem de Oscar Roberto Godoi.
Já, no primeiro tempo, ficaram irritados com o gol anulado de Edílson, logo no início do jogo, e o impedimento assinalado de Ricardinho. No segundo tempo, reclamaram de pênalti em Ricardinho.
Preocupado com a provável catimba do Palmeiras, o Corinthians decidiu usar lutadores de boxe como gandulas no clássico de ontem.
A decisão, tomada na véspera do jogo pela diretoria do clube, tinha o objetivo de intimidar o adversário e evitar que os atletas palmeirenses demorassem a repor a bola quando ela saísse do campo.
No primeiro jogo, como o mando era do Palmeiras, foi o time de Luiz Felipe Scolari quem escolheu os gandulas. Ontem, foi o time do Parque São Jorge, que selecionou para o trabalho oito pugilistas.
Um deles chegou a discutir com os reservas do Palmeiras, que jogaram uma segunda bola em campo em lance do segundo tempo para atrapalhar contra-ataque do Corinthians e esfriar o time.
O técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, assistiu a partida de ontem da cabine da TV Globo. Ex-treinador do Corinthians, Luxemburgo não falou com nenhum representante do seu ex-time durante o jogo.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)



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