São Paulo, quarta-feira, 13 de junho de 2007

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Riquelme e Russo vão ao trono do "Rei de Copas"

Boca Juniors celebra a aposta em craque e a insistência em treinador criticado

Time argentino tenta se isolar de novo como o maior ganhador de conquistas internacionais e encarar o Milan com o talentoso meia


RODRIGO RÖTZSCH
DE BUENOS AIRES

Um já é bi da Libertadores. Outro tenta seu primeiro título. Mas a final do maior torneio da América é uma oportunidade de confirmação para ambos.
No caso de Riquelme, camisa 10 do Boca Juniors, a confirmação de que o clube acertou ao investir US$ 2 milhões para trazê-lo num empréstimo de apenas seis meses e ao lhe pagar um salário de 43 mil pesos diários (cerca de R$ 27 mil).
Já Miguel Angel Russo, técnico do time desde o início do ano, tenta dobrar a desconfiança da torcida e da imprensa e provar que o Boca pode conquistar a Libertadores sem Carlos Bianchi no comando.
Riquelme foi campeão da Libertadores em 2000 e em 2001. Na atual disputa, marcou quatro vezes, incluindo gols cruciais nas quartas e na semifinal.
Não treinou anteontem por estar gripado, mas Russo confirmou seu principal jogador no time. Se o Boca ganhar a Libertadores, há a chance de Riquelme renovar contrato até o fim do ano para o Mundial. Embora o próprio presidente do clube, Mauricio Macri, diga que a permanência é "impossível", Riquelme tirou visto para os EUA, onde o Boca excursionará em julho -após o empréstimo.
A passagem pelo Boca pode ser uma oportunidade para Riquelme se reconciliar com os títulos -não ganha nenhum desde que saiu do clube, em 2002, com destino ao Barcelona.
O técnico Russo confia em Riquelme para conseguir seu primeiro título internacional e superar as desconfianças. Sua contratação foi criticada pela sua identificação com o Estudiantes, clube pelo qual atuou nos anos 70 e 80, e por ter poucos títulos em quase 20 anos de carreira de técnico -na primeira divisão, só conseguiu um título argentino, com o Vélez.
Russo também foi criticado por não priorizar a Libertadores em relação ao Clausura na Argentina na primeira fase.
Além da motivação pessoal de Russo e Riquelme, o Boca joga para voltar a ser, de maneira isolada, o "Rei de Copas" internacionais: ao conquistar a Copa dos Campeões, o Milan igualou o Boca -ambos têm 16 taças.


NA TV - Boca Juniors x Grêmio
Globo e Sportv, ao vivo, às 21h45



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