Técnico do São Paulo prestigia tentativas do goleiro, que não marcou assim neste ano, e pede mais força

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A dormência de uma de suas principais armas ofensivas fez o técnico Muricy Ramalho agir.
Preocupado com o rendimento do goleiro Rogério nas cobranças de falta -ainda não marcou desse jeito em 2007-, o treinador do São Paulo chegou a ter conversas com seu capitão para orientar o chute.
"Por causa das barreiras, que andam muito, ele estava cavando [batendo embaixo da bola, tentando colocar], e a bola não estava chegando no gol. Disse a ele para voltar a bater forte", afirmou Muricy, ao ser recordado de cobrança de Rogério que terminou nas mãos de Diego, do Atlético-MG, no último domingo. "Pelo menos chegou", disse o treinador.
Ainda assim, Muricy fez questão de elogiar Rogério. "O problema não é não ter feito gol de falta ainda. O problema é quando você tem que bater um pênalti aos 45 minutos do segundo tempo, como ele fez no Paraná [contra o Paraná Clube, há três rodadas]. Ali que você vê quem tem personalidade."
O goleiro atualmente se alterna nas cobranças de falta com Jorge Wagner, dependendo da posição. Segundo Muricy, não existe disputa entre Rogério e Dagoberto nesses disparos. "Aqui bate quem treina. Quem treina são Rogério e Jorge", respondeu o técnico.
No ataque, o jogo-treino de ontem contra os profissionais do Pão de Açúcar FC contou com a dupla Aloísio e Borges, favorita para enfrentar o Vasco no Morumbi, no domingo. Ambos, porém, vivem má fase.
Mesmo assim, a formação não deve ter mudanças, ainda que Muricy diga que não descarta totalmente a entrada de Marcel ao lado de Aloísio, ambos grandalhões. A justificativa, para o técnico, é que o Vasco atua com dois zagueiros.
"Se eu atuasse contra três zagueiros, não poderia ter dois atacantes enfiados, porque um fica na sobra e facilita para eles", diz o treinador.
Muricy espera até a sexta-feira para contar com o retorno à defesa do zagueiro Miranda, que tem contusão na canela. Se ele não voltar, podem entrar na defesa Breno ou Richarlyson, que quase foi envolvido em troca por Diguinho, do Botafogo. Os cariocas queriam o são-paulino, mas sem liberar o volante.


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