São Paulo, Domingo, 13 de Junho de 1999
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Ex-colônias reforçam seleções

da Reportagem Local

Laços culturais, de família ou resquícios coloniais estão presentes nas seleções que adotaram ""estrangeiros" na Liga Mundial.
Os quatro jogadores que defendem a França nasceram em Estados que estiveram ainda neste século sob domínio francês (Senegal, Congo-Brazzaville e Madagascar).
O atacante Albert Cristina, 28, da Holanda, nasceu em Curaçao, território caribenho que ganhou autonomia em 1954, mas que ainda hoje tem seu governador indicado pela rainha holandesa.
Curiosamente, Cristina, que defende a Holanda desde 1993, é o único negro entre os 17 atletas inscritos pelo país na Liga Mundial.
Os Falasca são exemplo do vínculo familiar: nasceram na Argentina, mas, filhos de espanhóis, foram para a Espanha crianças.
Para a federação portuguesa, a presença de brasileiros no time se explica de duas formas: a qualidade técnica e a adaptação facilitada pelos laços culturais. A própria federação lembra ainda que essa seria uma consequência natural dada a quantidade de brasileiros que já passaram pelo Campeonato Português, o mais famoso dele foi Jorge Édson, ouro em Barcelona-92, e que no ano passado jogou pelo Castelo de Maia.
No último grupo, estão os ""sem-vínculos", como os atacantes da Austrália, Russell Wentworth e Hidde van Beest, nascidos, respectivamente, na África do Sul e na Holanda. A esse grupo pertence Hristo Zlatanov, da Itália, mas que nasceu em Sofia (Bulgária).


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