|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TÊNIS
Principal tenista brasileiro carrega hoje para a quadra seus problemas físicos e mais responsabilidade que a habitual
Dores são fantasma de Kuerten na Davis
DO ENVIADO A BRISBANE
Nos últimos quatro meses, tornou-se uma rotina. Quando completa uma sequência de três ou
quatro partidas em um torneio,
começa para Gustavo Kuerten a
tormenta de recorrer a massagens
durante os confrontos para aliviar
dores nas costas.
Em Brisbane, não foram as costas, mas dores na panturrilha. Pelo desempenho apresentado na
atual temporada, jogando em
quadra de grama, as pretensões
brasileiras dependerão em escala
gigantesca de Gustavo Kuerten e
de sua condição física -e de Jaime Oncins na partida de duplas- do que de Fernando Meligeni ou eventualmente André Sá.
Somente por uma surpresa
enorme, não será Fernando Meligeni quem entrará em quadra hoje à noite para enfrentar Lleyton
Hewitt. Ao comentar as possibilidades dos brasileiros, o capitão
Ricardo Acioly afirmou que ""o
Gustavo tem condições de vencer
os três jogos. O Meligeni é um cara de quem sempre pode se esperar muito neste tipo de torneio."
Ao menos o histórico de confrontos diretos contra os australianos pende para o lado de Kuerten e Meligeni.
Kuerten encontrou Patrick Rafter, atual 13º do mundo e seu rival
de hoje, uma vez em eventos da
ATP (Associação dos Tenistas
Profissionais): na final de Roma,
em 1998, no saibro -fez 3 a 0.
Contra Mark Woodforde fez somente partidas de simples (se encontrarão nas duplas), ganhando
as duas, em piso duro. Jamais jogou contra Lleyton Hewitt.
Fernando Meligeni, 83º do novo
ranking mundial, venceu duas vezes Patrick Rafter no saibro.
Contra Lleyton Hewitt atuou
uma vez, na edição de 1999 do Paris Indoor, em quadra de carpete:
tombou por 2 sets a 0.
"Para nós ganharmos deles, não
será preciso só uma zebra. Serão
três. A coisa se resolve na quadra.
É jogar e ver o que acontece", tem
repetido Kuerten.
Mesmo com as dores nas costas,
que o acompanham desde fevereiro, o tenista brasileiro cumpre
a melhor temporada de sua vida.
Venceu três torneios: Roland Garros, Hamburgo e Santiago.
Na grama, Kuerten acumula,
em somente quatro anos, mais
experiência que Meligeni e Sá.
Meligeni passou seis temporadas sem disputar uma partida na
grama inglesa. Sua última aparição em Wimbledon ocorrera em
1994, quando foi eliminado na
primeira rodada. Ocorreu o mesmo dez dias atrás. André Sá tampouco venceu sua partida inicial.
(JOSÉ ALAN DIAS)
NA TV - Austrália x Brasil,
20h30, ao vivo, na Sportv
Texto Anterior: Missão Impossível? Próximo Texto: Rixa é maior problema de rival Índice
|