São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2000


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TÊNIS
Principal tenista brasileiro carrega hoje para a quadra seus problemas físicos e mais responsabilidade que a habitual
Dores são fantasma de Kuerten na Davis


DO ENVIADO A BRISBANE

Nos últimos quatro meses, tornou-se uma rotina. Quando completa uma sequência de três ou quatro partidas em um torneio, começa para Gustavo Kuerten a tormenta de recorrer a massagens durante os confrontos para aliviar dores nas costas.
Em Brisbane, não foram as costas, mas dores na panturrilha. Pelo desempenho apresentado na atual temporada, jogando em quadra de grama, as pretensões brasileiras dependerão em escala gigantesca de Gustavo Kuerten e de sua condição física -e de Jaime Oncins na partida de duplas- do que de Fernando Meligeni ou eventualmente André Sá.
Somente por uma surpresa enorme, não será Fernando Meligeni quem entrará em quadra hoje à noite para enfrentar Lleyton Hewitt. Ao comentar as possibilidades dos brasileiros, o capitão Ricardo Acioly afirmou que ""o Gustavo tem condições de vencer os três jogos. O Meligeni é um cara de quem sempre pode se esperar muito neste tipo de torneio."
Ao menos o histórico de confrontos diretos contra os australianos pende para o lado de Kuerten e Meligeni.
Kuerten encontrou Patrick Rafter, atual 13º do mundo e seu rival de hoje, uma vez em eventos da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais): na final de Roma, em 1998, no saibro -fez 3 a 0.
Contra Mark Woodforde fez somente partidas de simples (se encontrarão nas duplas), ganhando as duas, em piso duro. Jamais jogou contra Lleyton Hewitt.
Fernando Meligeni, 83º do novo ranking mundial, venceu duas vezes Patrick Rafter no saibro.
Contra Lleyton Hewitt atuou uma vez, na edição de 1999 do Paris Indoor, em quadra de carpete: tombou por 2 sets a 0.
"Para nós ganharmos deles, não será preciso só uma zebra. Serão três. A coisa se resolve na quadra. É jogar e ver o que acontece", tem repetido Kuerten.
Mesmo com as dores nas costas, que o acompanham desde fevereiro, o tenista brasileiro cumpre a melhor temporada de sua vida. Venceu três torneios: Roland Garros, Hamburgo e Santiago.
Na grama, Kuerten acumula, em somente quatro anos, mais experiência que Meligeni e Sá.
Meligeni passou seis temporadas sem disputar uma partida na grama inglesa. Sua última aparição em Wimbledon ocorrera em 1994, quando foi eliminado na primeira rodada. Ocorreu o mesmo dez dias atrás. André Sá tampouco venceu sua partida inicial. (JOSÉ ALAN DIAS)
NA TV - Austrália x Brasil, 20h30, ao vivo, na Sportv


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