São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 2000


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AÇÃO
J-Bay e Itamambuca

CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

O que as praias do título têm em comum, além de boas ondas, água salgada e areia?
Muitos surfistas, claro, e, no último final de semana, o fato de ambas terem servido de palco para momentos especiais do surfe nacional.
Na quilométrica e famosa direita sul-africana, o Brasil obteve seu melhor desempenho na atual temporada do WCT.
Apesar de um início decepcionante, quando os nove brasileiros integrantes da elite mundial perderam na primeira fase, o ""time" se recuperou, classificando seis na repescagem, e acabou com dois atletas no pódio.
Logo após vibrar com a classificação de Peterson Rosa nas semifinais, Flávio Padaratz, o Teco, entrou na água com a expectativa de fazer uma final verde-amarela na África do Sul.
Mas, por uma pequena diferença, o australiano Jake Paterson acabou vencendo.
Já Peterson chegou à final embalado. Depois de despachar o número um do ranking, o havaiano Sunny Garcia, nas oitavas-de-final, fez outras duas baterias brilhantes.
Mas Jeffrey's Bay não estava com suas clássicas ondas quando Paterson e Peterson disputaram a final. O brasileiro não achou as ondas, e o australiano foi quem levou a melhor.
Após o Billabong MSF Pro, a quinta etapa do ASP World Championship Tour, seis brasileiros estão na zona de classificação para próxima temporada.
Teco está em terceiro. Peterson, com o vice-campeonato, subiu para o sexto lugar, antes ocupado por Guilherme Herdy, vice-campeão na quarta etapa, nas Ilhas Fiji, e que agora caiu para a 11ª colocação.
Os irmãos Padaratz estão em extremos opostos no ranking mundial.
Neco, visto como a maior esperança de títulos para o Brasil, até aqui não conseguiu vencer uma única bateria.
Já seu irmão mais velho, confirmando a expectativa de poucos e surpreendendo muitos, faz uma excelente campanha.
A disputa da final em Jeffrey's Bay não permitiu que Peterson chegasse a tempo de participar da terceira etapa do Super Surf, disputada na praia de Itamambuca, em Ubatuba (SP).
Mas a ausência dos brasileiros integrantes do WCT não ofuscou essa que foi a melhor prova do Circuito Brasileiro deste ano.
Boas ondas, nível técnico lá em cima, mais de 40 notas acima de oito, praia cheia, um público interessado na competição, organização redonda, coroando o trabalho de Paulo Issa na praia onde organizou seu primeiro campeonato, em mil novecentos e guaraná com rolha.
Nas quartas-de-final, qualquer um dos oito competidores apresentava credenciais para ficar com o título.
Mas a excelente fase que atravessa Tadeu Pereira e o fato de surfar em casa foram determinantes. Atual líder disparado do Super Trials, primeiro a garantir vaga na elite nacional em 2001, primeiro no ranking paulista e segundo no Brasileiro de duplas, ele venceu em Itamambuca e ficou a míseros dez pontos do líder, o potiguar Marcelo Nunes -chegou a 2.000, contra 2.010 do rival.

WQS
Tem novo nome o mais antigo campeonato do circuito de surfe, na África do Sul. Vai até o domingo, em Durban, o Mr. Price Pro, ex-Gunston 500, uma marca de cigarros que dava nome ao evento desde 1969.

Snowboarding
Será realizado de 17 a 22 deste mês, no Valle Nevado, no Chile, o 6º Campeonato Brasileiro. O evento também será válido como a segunda etapa da Nokia Continental Cup, o Circuito Sul-Americano.

Porta do Sol
Começou ontem o período de espera por ondas em São Vicente (SP), onde acontece a decisão do título paulista de surfe. Os 16 atletas classificados aguardam o anúncio oficial do início das disputas, que terão cerca de três horas de duração.

E-mail carlosarli@revistatrip.com.br
www.uol.com.br/folha/pensata


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