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AÇÃO
J-Bay e Itamambuca
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
O que as praias do título têm
em comum, além de boas ondas,
água salgada e areia?
Muitos surfistas, claro, e, no último final de semana, o fato de
ambas terem servido de palco para momentos especiais do surfe
nacional.
Na quilométrica e famosa direita sul-africana, o Brasil obteve
seu melhor desempenho na atual
temporada do WCT.
Apesar de um início decepcionante, quando os nove brasileiros
integrantes da elite mundial perderam na primeira fase, o ""time"
se recuperou, classificando seis na
repescagem, e acabou com dois
atletas no pódio.
Logo após vibrar com a classificação de Peterson Rosa nas semifinais, Flávio Padaratz, o Teco,
entrou na água com a expectativa
de fazer uma final verde-amarela
na África do Sul.
Mas, por uma pequena diferença, o australiano Jake Paterson
acabou vencendo.
Já Peterson chegou à final embalado. Depois de despachar o
número um do ranking, o havaiano Sunny Garcia, nas oitavas-de-final, fez outras duas baterias brilhantes.
Mas Jeffrey's Bay não estava
com suas clássicas ondas quando
Paterson e Peterson disputaram a
final. O brasileiro não achou as
ondas, e o australiano foi quem
levou a melhor.
Após o Billabong MSF Pro, a
quinta etapa do ASP World
Championship Tour, seis brasileiros estão na zona de classificação
para próxima temporada.
Teco está em terceiro. Peterson,
com o vice-campeonato, subiu
para o sexto lugar, antes ocupado
por Guilherme Herdy, vice-campeão na quarta etapa, nas Ilhas
Fiji, e que agora caiu para a 11ª
colocação.
Os irmãos Padaratz estão em
extremos opostos no ranking
mundial.
Neco, visto como a maior esperança de títulos para o Brasil, até
aqui não conseguiu vencer uma
única bateria.
Já seu irmão mais velho, confirmando a expectativa de poucos e
surpreendendo muitos, faz uma
excelente campanha.
A disputa da final em Jeffrey's
Bay não permitiu que Peterson
chegasse a tempo de participar da
terceira etapa do Super Surf, disputada na praia de Itamambuca,
em Ubatuba (SP).
Mas a ausência dos brasileiros
integrantes do WCT não ofuscou
essa que foi a melhor prova do
Circuito Brasileiro deste ano.
Boas ondas, nível técnico lá em
cima, mais de 40 notas acima de
oito, praia cheia, um público interessado na competição, organização redonda, coroando o trabalho de Paulo Issa na praia onde
organizou seu primeiro campeonato, em mil novecentos e guaraná com rolha.
Nas quartas-de-final, qualquer
um dos oito competidores apresentava credenciais para ficar
com o título.
Mas a excelente fase que atravessa Tadeu Pereira e o fato de
surfar em casa foram determinantes. Atual líder disparado do
Super Trials, primeiro a garantir
vaga na elite nacional em 2001,
primeiro no ranking paulista e segundo no Brasileiro de duplas, ele
venceu em Itamambuca e ficou a
míseros dez pontos do líder, o potiguar Marcelo Nunes -chegou a
2.000, contra 2.010 do rival.
WQS
Tem novo nome o mais antigo campeonato do circuito
de surfe, na África do Sul. Vai
até o domingo, em Durban, o
Mr. Price Pro, ex-Gunston
500, uma marca de cigarros
que dava nome ao evento
desde 1969.
Snowboarding
Será realizado de 17 a 22 deste
mês, no Valle Nevado, no
Chile, o 6º Campeonato Brasileiro. O evento também será
válido como a segunda etapa
da Nokia Continental Cup, o
Circuito Sul-Americano.
Porta do Sol
Começou ontem o período
de espera por ondas em São
Vicente (SP), onde acontece a
decisão do título paulista de
surfe. Os 16 atletas classificados aguardam o anúncio oficial do início das disputas,
que terão cerca de três horas
de duração.
E-mail
carlosarli@revistatrip.com.br
www.uol.com.br/folha/pensata
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