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São Paulo, domingo, 13 de julho de 2003

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Rodízio extingue divisão entre reservas e titulares e leva Brasil à 3ª final seguida do torneio

Com 12, seleção de vôlei busca o tri da Liga Mundial

Javier Soriano/Associated Press
Giovane ataca para tentar marcar um de seus 12 pontos na vitória de ontem, sobre a equipe tcheca, em semifinal da Liga Mundial


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Desde que assumiu o comando da seleção masculina de vôlei, no final de 2000, o técnico Bernardinho se gaba de ter nas mãos o melhor banco de reservas do mundo.
Nesta Liga Mundial, o treinador brasileiro levou a regalia ao extremo. Por causa de testes, lesões e altos e baixos dos jogadores, só repetiu a escalação do jogo anterior quatro vezes durante o torneio.
A última delas foi ontem, quando manteve o central André Heller e o ponta Giovane, e derrotou a República Tcheca. A vitória arrasadora por 3 sets a 0 (25/12, 25/ 20 e 25/18) colocou o time da final.
E hoje, contra Sérvia e Montenegro, às 13h, Bernardinho tenta provar que o melhor banco do mundo pode ganhar títulos.
Essa será a terceira decisão seguida do Brasil na Liga Mundial. Campeão em 2001 após oito anos de jejum, o selecionado nacional tropeçou no ano passado diante da Rússia e ficou com o vice.
Da equipe que deve entrar em quadra hoje, em Madri, na Espanha, apenas três jogadores foram titulares na campanha do título do Campeonato Mundial da Argentina, em 2002 -o oposto André Nascimento, o ponta Nalbert e o líbero Escadinha.
Dos outros quatro, apenas Ricardinho teve uma situação mais estável durante a Liga. O levantador, que assumiu o posto no início desta temporada, só cedeu a vaga a Maurício em quatro dos 16 jogos disputados até agora.
Rodrigão, que começou como reserva, assumiu a titularidade no meio-de-rede graças à contusão de Gustavo -cortado- e à instabilidade de Henrique.
Seu companheiro de posição, André Heller, só foi convocado por causa da lesão do antigo titular e foi decisivo na segunda fase. Ontem, jogou com uma bandagem no pulso por causa de uma pequena lesão sofrida no treino.
O mesmo papel de Heller teve o ponta Giovane, que só havia feito duas partidas como titular até a etapa decisiva da competição.
Na semifinal, diante de um rival frágil, a "equipe reserva" do Brasil repetiu a boa atuação dos dois jogos anteriores -vitórias por 3 sets a 1 sobre Itália e Rússia.
O time só não foi superior à República Tcheca no ataque. Apesar dos 15 pontos de André Nascimento, a seleção marcou um ponto a menos do que o rival (31 a 30).
Nos outros fundamentos, os brasileiros foram irretocáveis -15 pontos de bloqueio contra apenas um dos tchecos, e quatro aces contra nenhum dos rivais.
"Também cometemos poucos erros. Conseguimos pressionar desde o início, com uma forte marcação no bloqueio e um bom trabalho na defesa. O time cumpriu o que havíamos combinado", elogiou o capitão Nalbert.
O Brasil cedeu 18 pontos em falhas ontem contra 26 do adversário. Foi a melhor marca da seleção na segunda fase do torneio.
A evolução brasileira nas finais da Liga tem agradado Bernardinho, que declarou que seu time está jogando o que se esperava que ele jogasse. Mas, para o jogo contra Sérvia e Montenegro, ele prefere ser mais cauteloso.
"Tudo vai depender do momento de cada time. Nós jogamos de uma maneira mais dinâmica, eles são mais consistentes", disse Bernardinho, que antes da final verá Itália e República Tcheca disputarem a medalha de bronze.


NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 13h


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