São Paulo, sexta-feira, 13 de julho de 2007

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Caos no trânsito é o primeiro teste para a organização da competição

MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO

A Prefeitura do Rio deixou o trânsito nas mãos da população na abertura do Pan, hoje. Especialistas e a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Trânsito) dizem que a cooperação de cariocas e visitantes é fundamental para que o caos não se instale perto do Maracanã.
O professor Licínio da Silva Portugal, que integra o programa de engenharia de transporte da UFRJ, vai aproveitar o ponto facultativo -no serviço público- para trabalhar em casa. Ele é uma das pessoas que vão evitar sair às ruas.
"Se as pessoas mantiverem seus padrões, vai ser um caos. Existe a possibilidade de essas dificuldades não ocorrerem numa proporção muito grande, mas por mudança de hábitos das pessoas, que estão com receio, e não por uma infra-estrutura do transporte que não foi feita", analisou Portugal.
Regina Soares, 42, que trabalha no departamento de recursos humanos da PUC-Rio, na Gávea (zona sul), e tem que passar pelo Maracanã para voltar para casa, disse que, como foi liberada ao meio-dia, vai tentar escapar do caos.
"É o Pandemônio. O meu caso é ainda pior porque moro perto do [estádio] Engenhão. Vou "correndo" de metrô para tentar pegar o menor impacto de trânsito possível."
Marcos Couto, chefe de gabinete da CET-Rio, pede às pessoas que não utilizem o carro. Ele disse que a cooperação da população é fundamental num evento com as dimensões do Pan. Couto acredita que, apesar da chegada das comitivas dos atletas e de turistas, o refluxo no Rio começa a se estabilizar com as crianças saindo de férias e muitas pessoas viajando.
"O plano padrão, usado amanhã [hoje], já foi testado durante a semana, e tivemos receptividade da população. O entorno imediato já está isolado e já colocamos sinalização", declarou.
Ele disse que os bloqueios em torno do estádio começam ao meio-dia e só serão liberados quando houver toda a garantia de segurança para os pedestres.


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