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Caos no trânsito é o primeiro teste para a organização da competição
MALU TOLEDO
DA SUCURSAL DO RIO
A Prefeitura do Rio deixou o
trânsito nas mãos da população
na abertura do Pan, hoje. Especialistas e a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Trânsito) dizem que a cooperação de
cariocas e visitantes é fundamental para que o caos não se
instale perto do Maracanã.
O professor Licínio da Silva
Portugal, que integra o programa de engenharia de transporte da UFRJ, vai aproveitar o
ponto facultativo -no serviço
público- para trabalhar em casa. Ele é uma das pessoas que
vão evitar sair às ruas.
"Se as pessoas mantiverem
seus padrões, vai ser um caos.
Existe a possibilidade de essas
dificuldades não ocorrerem
numa proporção muito grande,
mas por mudança de hábitos
das pessoas, que estão com receio, e não por uma infra-estrutura do transporte que não foi
feita", analisou Portugal.
Regina Soares, 42, que trabalha no departamento de recursos humanos da PUC-Rio, na
Gávea (zona sul), e tem que
passar pelo Maracanã para voltar para casa, disse que, como
foi liberada ao meio-dia, vai
tentar escapar do caos.
"É o Pandemônio. O meu caso é ainda pior porque moro
perto do [estádio] Engenhão.
Vou "correndo" de metrô para
tentar pegar o menor impacto
de trânsito possível."
Marcos Couto, chefe de gabinete da CET-Rio, pede às pessoas que não utilizem o carro.
Ele disse que a cooperação da
população é fundamental num
evento com as dimensões do
Pan. Couto acredita que, apesar
da chegada das comitivas dos
atletas e de turistas, o refluxo
no Rio começa a se estabilizar
com as crianças saindo de férias e muitas pessoas viajando.
"O plano padrão, usado amanhã [hoje], já foi testado durante a semana, e tivemos receptividade da população. O entorno
imediato já está isolado e já colocamos sinalização", declarou.
Ele disse que os bloqueios em
torno do estádio começam ao
meio-dia e só serão liberados
quando houver toda a garantia
de segurança para os pedestres.
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