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Vôlei
A 2 dias da estréia, "chá verde" tira ponta do Pan
Confederação Brasileira de Vôlei suspende atleta pelo uso de sibutramina por 60 dias e, para seu
lugar, convoca a ponta Regiane
Jaqueline é pega em antidoping na Itália e diz ter ingerido
bebida anticelulite
FABIO GRIJÓ
DA SUCURSAL DO RIO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A ponta Jaqueline, 23, está
fora do Pan após o resultado
positivo em exame antidoping
realizado na Itália. O teste detectou sibutramina, substância
estimulante comumente utilizada para inibir o apetite.
Para o lugar da ponteira, foi
inscrita Regiane, 20.
A atleta negou que tivesse
problema com peso. Na temporada na Itália, ela era acompanhada pela comissão técnica da
seleção. A preparação física no
país europeu é considerada inferior à feita no Brasil.
O exame foi feito em 10 de junho, após a última partida das
finais do Campeonato Italiano,
entre o Jesi, de Jaqueline, e o
Perugia, de Fofão e Walewska,
que acabou campeão.
O teste foi analisado pelo laboratório alemão de Colônia. O
Comitê Olímpico da Itália divulgou ontem em seu site o resultado positivo do antidoping.
Até o fechamento desta edição, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) disse não ter sido comunicada oficialmente do
caso de Jaqueline.
Numa medida preventiva,
para não correr o risco de a seleção ficar com 11 jogadoras durante o Pan, a CBV decidiu trocar Jaqueline por Regiane.
A jogadora disse suspeitar
que a substância proibida estivesse presente em um chá que
comprou na farmácia.
"Durante as finais, fui à farmácia comprar o remédio que
sempre tomo [para tireóide]. Vi
um chá verde para celulite,
uma ampola", relembrou.
"Era um produto natural,
achei interessante, falei com a
moça da farmácia e ela me disse
que não tinha problema algum.
Tinha um gosto ruim, mas tomei por três dias. No quarto, fiz
o exame", contou Jaqueline.
A jogadora afirmou não ter
avisado ao médico de seu time
nem o da seleção que tinha consumido o produto. "Jamais
imaginei que aconteceria isso
[doping]. O chá tinha a informação em italiano e eu não sei
bem a língua, sou leiga."
O médico da seleção, Júlio
Nardelli, disse que, há duas semanas, Jaqueline passou por
antidoping. O resultado, segundo Nardelli, foi negativo.
A CBV vai analisar o chá para
montar a defesa da atleta, suspensa preventivamente por 60
dias. Com isso, ela também está
fora do Grand Prix.
"Errei por não ter informado
os médicos, mas isso será uma
lição não só para mim, mas para
todas as jogadoras, para não ingerir nada por conta própria."
O presidente do COB, Carlos
Arthur Nuzman, afirmou que
"como a comunicação foi feita
pela CBV, a questão é exclusiva
da CBV". "Não tenho conhecimento [do caso]."
Jaqueline repete a história
de outra musa do esporte brasileiro. Maurren Magi
Colaboraram EDGARD ALVES e MARIANA LAJOLO, enviados especiais ao Rio
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