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VÔLEI
Bernardinho se irrita e diz que impasse do prêmio acabou
LUÍS CURRO
ENVIADO ESPECIAL A ATENAS
Bastante irritado, o técnico Bernardinho deu ontem sua versão
sobre a discordância de alguns jogadores da seleção masculina sobre a premiação oferecida pela
Confederação Brasileira de Vôlei
à equipe no caso da conquista da
medalha de ouro em Atenas.
"Houve um pedido [dos jogadores], houve uma proposta [da
CBV], a proposta foi aceita. Ponto. E basta. Ninguém aqui está
preocupado com isso."
Anteontem, o levantador Ricardinho e os pontas Giovane e Nalbert deram versões diferentes sobre o assunto. O último, que negociou com a CBV, disse que o
prêmio viria da renda de seis
amistosos ainda a serem marcados -haveria o impasse em relação às datas, devido ao calendário
apertado. Ricardinho afirmou
que os atletas ainda fariam uma
contraproposta à entidade, e Giovane, que tudo já estava certo.
A maior preocupação de Bernardinho para esta Olimpíada era
evitar que seu time perdesse "o
foco", tirasse a cabeça da quadra.
"Se formos mal, vão dizer: "Estavam pensando no dinheiro". Se
formos bem, vão jogar para cima.
Se formos mal, vão meter o pau",
disse ele aos jornalistas após o
treino. "Vocês criam os mitos, depois destroem os mitos."
O presidente da CBV, Ary Graça Filho, não foi localizado ontem
pela reportagem da Folha.
A seleção, que com Bernardinho foi campeã mundial em 2002
e conquistou três Ligas Mundiais
(2001, 2003 e 2004), começa a busca pelo bi olímpico às 10h de domingo, contra a Austrália.
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