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Na Austrália, roupa afeta até política
DA REPORTAGEM LOCAL
O uso obrigatório de
roupas cada vez mais curtas na prática esportiva gerou tantos protestos na
Austrália que o tema virou
questão de Estado.
Potência olímpica -terminou os Jogos de Atenas-2004 em quarto lugar-, o
país criou uma comissão
no Senado para investigar
os códigos de vestimenta
que clubes, escolas e organizações esportivas criaram para as mulheres.
A conclusão é impressionante. De acordo com o
senador Andrew Barlett,
pesquisas do grupo mostraram que muitas garotas
evitam praticar esportes
por se sentirem constrangidas ao utilizarem modelos que valorizam as formas do corpo, como os biquínis do vôlei de praia.
"Nós acreditamos que a
vontade dos atletas deve
se sobrepor à dos marqueiteiros. Os uniformes
devem ser práticos, seguros e confortáveis. Nunca
apelativos", disse Barlett.
A comissão informou
também que peças largas
demais, semelhantes aos
modelos usados por homens, como os uniformes
de futebol e críquete, não
ajudam mulheres, especialmente as adolescentes,
a se aproximar da prática
de atividades esportivas.
"Precisamos buscar um
meio-termo, um regulamento que faça as competidoras se sentirem confortáveis e bem arrumadas", afirmou o senador.
A procura por roupas alternativas, que fujam aos
regulamentos das federações internacionais, é encampada também por organizações não-governamentais. Uma das mais
atuantes, a "Women's
Sports Foundation", entidade que congrega advogados dispostos a defender esportistas, classifica a
imposição de uniformes
como discriminação.
A organização prega que
os atletas deveriam ter o
direito de escolher o que
vestir de acordo com questões médicas (evitar lesões, por exemplo), psicológicas e, sobretudo, de
conforto.0
(GR E ML)
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