São Paulo, quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CARLOS SARLI

Passado o sufoco

A organização da etapa brasileira do Mundial de surfe só conseguiu confirmar o evento no prazo-limite

FALTAM 47 dias para a etapa brasileira do Mundial de surfe, WCT, e até poucos dias atrás o principal evento do calendário nacional não estava confirmado. A habitual dificuldade de patrocínio pode ser a causa, mas não é a única.
A etapa foi confirmada no prazo-limite dado pela ASP (Association of Surfing Professionals), mas os organizadores, Teco Padaratz, Xandi Fontes e Avelino Bastos, foram surpreendidos com outro pedido para a mesma data, para uma prova no Rio.
Após a compra da licença, que garante a entrada no calendário, os organizadores têm um prazo para confirmação enquanto correm atrás de patrocínio. Com o atraso na confirmação da marca que há quatro anos dava nome à etapa, eles adiaram o que puderam para ratificar a prova.
Com o risco iminente da perda dos direitos, recorreram a apoio institucional: Prefeitura de Imbituba e governo de Santa Catarina. "O evento não sai daqui", disse o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), para o campeonato que já faz parte do calendário oficial do Estado.
Para a ASP, insegura com a possibilidade de mais um cancelamento -Japão por questão de patrocínio e Fiji por questões políticas já haviam sido canceladas-, comprometer o mínimo de 10 provas no ano assegurado ao patrocinador do Tour, a cervejaria Foster, restou voltar atrás.
"Santa Catarina Pro" deve ser o nome da etapa que começa dia 30 de outubro. Com orçamento menor, aumenta para a organização o desafio de realizar uma prova que garanta prioridade para os próximos anos.
E já negociam a mudança em 2008 para julho, muito mais consistente de ondas, algo fundamental para o sucesso de um campeonato de surfe.

Torcida
No Mundial feminino, Silvana Lima, 22, assumiu a vice-liderança do ranking a 12 pontos da líder. Na semana passada, na Espanha, a cearense de Paracuru fez sua segunda final seguida e tem 3.060 pontos. Em 2006, seu primeiro ano de WCT, perdeu as três últimas provas devido a uma lesão e ficou em 8º. Faltam três etapas, a última em Honolua Bay, sua onda preferida. O páreo para o título é duro, mas no feminino temos para quem torcer.

VELA DE NORTE A SUL
A cidade de Luis Correa (PI) recebe esta semana a segunda etapa do Oi Kitesurf, o Brasileiro de kite, com provas de Freestyle e Race. Na seqüência, lá mesmo, acontece a penúltima prova do Mundial da PKRA. E, em Ibiraquera (SC), pela primeira vez o Mormaii Wave conta pontos para o mundial de windsurfe da PWA.

SUPERSURF
O Brasileiro de surfe está em Maresias (SP), com ondas pequenas, para a quarta e penúltima etapa do ano. Marco Polo, Trekinho e o atual campeão, Jihad Kohdr, dividem a primeira posição, fato inédito nos 21 anos do circuito.


sarli@trip.com.br

Texto Anterior: Guga impõe prazo para voltar a jogar bem
Próximo Texto: Seleção vence amistoso quente
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.