São Paulo, sábado, 13 de setembro de 2008

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Liga quer seguir modelo da NBA

Para atrair mais investidores, dirigentes do basquete brasileiro copiam liga profissional americana

Sistema de franquias, jogo das estrelas e torneio de enterradas são algumas das atrações prometidas pela LNB na busca por público


DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das maiores preocupações dos dirigentes da recém-criada Liga Nacional de Basquete (LNB) é quanto à captação de recursos. Não é a toa.
Brigas político-administrativas nos bastidores e campeonatos interrompidos por liminares judiciais acabaram afugentando os patrocinadores.
"Como é que eu posso convencer uma empresa a investir no basquete do jeito que está agora? Só se for louco. Com a falta de credibilidade, ninguém vai querer associar seu nome à bagunça", afirma Kouros Monadjemi, presidente da LNB.
Ele afirma que ainda está em negociação com possíveis investidores. Além disso, o dinheiro que poderia ser arrecadado com a venda de direitos de transmissão de TV esbarra no contrato vigente entre a confederação e a Sportv.
"Vamos respeitar esse acordo, mas tentaremos renegociar porque somos uma liga nova, independente da CBB", argumenta o presidente da LNB.
A saída para angariar os recursos iniciais que irão financiar as duas primeiras temporadas virá dos próprios clubes.
Para se associar à liga, os clubes terão de abrir uma franquia, nos moldes da NBA, pagando uma taxa de R$ 40 mil válida para 2009 e 2010.
As semelhanças com o modelo da liga profissional norte-americana não param por aí. Está previsto também um campeonato de enterradas e uma partida entre "superestrelas" (atletas que se destacaram na competição) no intervalo entre o turno e o returno.
"Queremos fazer uma mistura entre esporte e entretenimento para atrair o público. O torcedor vai para assistir ao jogo, mas quer também um pouco de show. É por isso que teremos esses tipos de atrativos. E, se o público vai aos ginásios, o esporte começa a crescer e a atrair patrocinadores", avalia o presidente da liga.
Além dos atrativos, a LNB já tem um formato. No final do mês passado, uma reunião entre técnicos, coordenada pelo ex-comandante da seleção masculina Aluísio Ferreira, o Lula, definiu que o torneio terá entre 16 e 18 clubes. O número final depende da confirmação de Londrina e Nova Iguaçu.
A competição se estenderá de janeiro a junho do ano que vem, em turno e returno. Oito equipes serão classificadas para os mata-matas finais.
Os jogos serão às sextas e aos domingos, abrindo-se uma exceção para as datas solicitadas pela TV. (MARIANA BASTOS)



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