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Liga quer seguir modelo da NBA
Para atrair mais investidores, dirigentes do basquete brasileiro copiam liga profissional americana
Sistema de franquias, jogo das estrelas e torneio de enterradas são algumas das atrações prometidas pela LNB na busca por público
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das maiores preocupações dos dirigentes da recém-criada Liga Nacional de Basquete (LNB) é quanto à captação de recursos. Não é a toa.
Brigas político-administrativas nos bastidores e campeonatos interrompidos por liminares judiciais acabaram afugentando os patrocinadores.
"Como é que eu posso convencer uma empresa a investir
no basquete do jeito que está
agora? Só se for louco. Com a
falta de credibilidade, ninguém
vai querer associar seu nome à
bagunça", afirma Kouros Monadjemi, presidente da LNB.
Ele afirma que ainda está em
negociação com possíveis investidores. Além disso, o dinheiro que poderia ser arrecadado com a venda de direitos de
transmissão de TV esbarra no
contrato vigente entre a confederação e a Sportv.
"Vamos respeitar esse acordo, mas tentaremos renegociar
porque somos uma liga nova,
independente da CBB", argumenta o presidente da LNB.
A saída para angariar os recursos iniciais que irão financiar as duas primeiras temporadas virá dos próprios clubes.
Para se associar à liga, os clubes terão de abrir uma franquia, nos moldes da NBA, pagando uma taxa de R$ 40 mil
válida para 2009 e 2010.
As semelhanças com o modelo da liga profissional norte-americana não param por aí.
Está previsto também um campeonato de enterradas e uma
partida entre "superestrelas"
(atletas que se destacaram na
competição) no intervalo entre
o turno e o returno.
"Queremos fazer uma mistura entre esporte e entretenimento para atrair o público. O
torcedor vai para assistir ao jogo, mas quer também um pouco de show. É por isso que teremos esses tipos de atrativos. E,
se o público vai aos ginásios, o
esporte começa a crescer e a
atrair patrocinadores", avalia o
presidente da liga.
Além dos atrativos, a LNB já
tem um formato. No final do
mês passado, uma reunião entre técnicos, coordenada pelo
ex-comandante da seleção
masculina Aluísio Ferreira, o
Lula, definiu que o torneio terá
entre 16 e 18 clubes. O número
final depende da confirmação
de Londrina e Nova Iguaçu.
A competição se estenderá
de janeiro a junho do ano que
vem, em turno e returno. Oito
equipes serão classificadas para os mata-matas finais.
Os jogos serão às sextas e aos
domingos, abrindo-se uma exceção para as datas solicitadas
pela TV.
(MARIANA BASTOS)
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