São Paulo, domingo, 13 de setembro de 1998

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FUTEBOL
Alex, Cléber e Zinho melhoram desempenho no clube após chamado
Convocação para seleção impulsiona palmeirenses

da Reportagem Local

Ao convocar a seleção brasileira para o amistoso contra a Iugoslávia, no próximo dia 23, o técnico Wanderley Luxemburgo terminou ajudando, de forma indireta, o Palmeiras.
Os três jogadores do time que enfrenta hoje a Ponte Preta, às 16h, no Parque Antarctica, chamados por Luxemburgo -o zagueiro Cléber, o volante Rogério e o meia Alex- melhoraram suas performances após a convocação.
Alex e Rogério foram convocados pela primeira vez. Na seleção brasileira que foi à Copa da França, não havia nenhum palmeirense (Júnior Baiano foi convocado quando defendia o Flamengo).
O caso mais representativo do "progresso pós-convocação" é o de Alex. Apesar do grande potencial técnico, o meia é conhecido pelos altos e baixos e costuma "desaparecer" em campo durante alguns jogos.
As duas partidas que fez pelo Brasileiro-98 após o anúncio da lista -contra Flamengo e Guarani- foram as suas melhores atuações na competição.
Os números referendam a evolução. Em todos os itens levantados pelo Datafolha, Alex apresentou melhora. Até a convocação, o meia tinha 85% de aproveitamento de passes, percentual que foi a 91,5% depois do anúncio.
A média de dribles certos subiu de três para cinco por jogo. Se não fazia nenhuma finalização certa até ser chamado, passou a uma média de 2,5 por partida.
O jogador não esconde a influência que a inédita convocação está exercendo sobre o seu futebol.
"É claro que a convocação ajuda, você joga mais solto. Me deu um ânimo maior", afirma o meia, acrescentando, porém, que a seleção não foi o único motivo de seu progresso, mas também seu novo posicionamento tático na equipe (leia texto abaixo).
Embora não tenha atuado bem contra o Guarani, as estatísticas indicam que o zagueiro Cléber também melhorou seu desempenho após ser chamado.
No item mais importante para a sua posição (desarmes), ele pulou de uma média de 15,8 por partida (pré-convocação) para 24,5 (pós-convocação).
"Sem dúvida que a convocação é um estímulo a mais, mas vejo meu desempenho, independentemente da seleção, como muito bom. A motivação tem que existir sempre, até porque é ela que leva à seleção", disse Cléber.
Rogério -que atuou apenas um jogo após a convocação (contra o Flamengo), por estar suspenso contra o Guarani- manteve quase inalterados os índices.
Para ele, a evolução dos colegas pode ser explicada pela vontade de se manter na seleção.
"A gente não tem lugar garantido, essa convocação é para experiências, então temos que procurar jogar bem sempre."
O técnico Luiz Felipe Scolari prefere dissociar o desempenho dos atletas da convocação. "Não há relação. O que existe é que alguns jogadores, como o Alex, passaram a desempenhar funções diferentes", disse.
Caseiro
O jogo de hoje representa, para o Palmeiras, o início de uma série de três partidas em casa no Brasileiro.
No próximo domingo (dia 20) o time enfrenta o Vitória, e, na terça seguinte, recebe o Bragantino.
A sequência caseira só será interrompida por um jogo pela Copa Mercosul, contra o Independiente, em Buenos Aires, na quarta.
A derrota por 3 a 2 para o Guarani (após estar vencendo por 2 a 0), na última quarta-feira em Campinas, alertou o time para a dificuldade de classificação.
"Não tem time com com maior ou menor chance de rebaixamento. Do jeito que a tabela está, quem ganhar três jogos seguidos já se aproxima dos oito primeiros", afirmou Scolari, descartando o favoritismo palmeirense na partida de hoje.
De acordo com Scolari, os jogos no Parque Antarctica dão ao Palmeiras uma boa oportunidade de melhorar seu posicionamento -a equipe ocupa o sexto lugar na tabela, com 17 pontos em dez jogos.
"É uma chance que temos, porque dentro de casa, hipoteticamente, temos que ser os donos mesmo. Mas, para isso, temos que jogar bola, ter qualidade, fazer o adversário se sentir pressionado." (FÁBIO VICTOR) NA TV - Sportv, ao vivo, às 17h (menos para São Paulo)



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