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FUTEBOL
Alex, Cléber e Zinho melhoram desempenho no clube após chamado
Convocação para seleção
impulsiona palmeirenses
da Reportagem Local
Ao convocar a seleção brasileira
para o amistoso contra a Iugoslávia, no próximo dia 23, o técnico
Wanderley Luxemburgo terminou ajudando, de forma indireta,
o Palmeiras.
Os três jogadores do time que
enfrenta hoje a Ponte Preta, às
16h, no Parque Antarctica, chamados por Luxemburgo -o zagueiro Cléber, o volante Rogério e
o meia Alex- melhoraram suas
performances após a convocação.
Alex e Rogério foram convocados pela primeira vez. Na seleção
brasileira que foi à Copa da França, não havia nenhum palmeirense (Júnior Baiano foi convocado
quando defendia o Flamengo).
O caso mais representativo do
"progresso pós-convocação" é
o de Alex. Apesar do grande potencial técnico, o meia é conhecido pelos altos e baixos e costuma
"desaparecer" em campo durante alguns jogos.
As duas partidas que fez pelo
Brasileiro-98 após o anúncio da
lista -contra Flamengo e Guarani- foram as suas melhores atuações na competição.
Os números referendam a evolução. Em todos os itens levantados
pelo Datafolha, Alex apresentou
melhora. Até a convocação, o
meia tinha 85% de aproveitamento de passes, percentual que foi a
91,5% depois do anúncio.
A média de dribles certos subiu
de três para cinco por jogo. Se não
fazia nenhuma finalização certa
até ser chamado, passou a uma
média de 2,5 por partida.
O jogador não esconde a influência que a inédita convocação
está exercendo sobre o seu futebol.
"É claro que a convocação
ajuda, você joga mais solto. Me
deu um ânimo maior", afirma o
meia, acrescentando, porém, que
a seleção não foi o único motivo de
seu progresso, mas também seu
novo posicionamento tático na
equipe (leia texto abaixo).
Embora não tenha atuado bem
contra o Guarani, as estatísticas
indicam que o zagueiro Cléber
também melhorou seu desempenho após ser chamado.
No item mais importante para a
sua posição (desarmes), ele pulou
de uma média de 15,8 por partida
(pré-convocação) para 24,5
(pós-convocação).
"Sem dúvida que a convocação é um estímulo a mais, mas vejo meu desempenho, independentemente da seleção, como muito
bom. A motivação tem que existir
sempre, até porque é ela que leva à
seleção", disse Cléber.
Rogério -que atuou apenas um
jogo após a convocação (contra o
Flamengo), por estar suspenso
contra o Guarani- manteve quase inalterados os índices.
Para ele, a evolução dos colegas
pode ser explicada pela vontade de
se manter na seleção.
"A gente não tem lugar garantido, essa convocação é para experiências, então temos que procurar jogar bem sempre."
O técnico Luiz Felipe Scolari
prefere dissociar o desempenho
dos atletas da convocação. "Não
há relação. O que existe é que alguns jogadores, como o Alex, passaram a desempenhar funções diferentes", disse.
Caseiro
O jogo de hoje representa, para o
Palmeiras, o início de uma série de
três partidas em casa no Brasileiro.
No próximo domingo (dia 20) o
time enfrenta o Vitória, e, na terça
seguinte, recebe o Bragantino.
A sequência caseira só será interrompida por um jogo pela Copa
Mercosul, contra o Independiente, em Buenos Aires, na quarta.
A derrota por 3 a 2 para o Guarani (após estar vencendo por 2 a 0),
na última quarta-feira em Campinas, alertou o time para a dificuldade de classificação.
"Não tem time com com
maior ou menor chance de rebaixamento. Do jeito que a tabela está, quem ganhar três jogos seguidos já se aproxima dos oito primeiros", afirmou Scolari, descartando o favoritismo palmeirense
na partida de hoje.
De acordo com Scolari, os jogos
no Parque Antarctica dão ao Palmeiras uma boa oportunidade de
melhorar seu posicionamento -a
equipe ocupa o sexto lugar na tabela, com 17 pontos em dez jogos.
"É uma chance que temos,
porque dentro de casa, hipoteticamente, temos que ser os donos
mesmo. Mas, para isso, temos que
jogar bola, ter qualidade, fazer o
adversário se sentir pressionado."
(FÁBIO VICTOR)
NA TV - Sportv, ao vivo, às 17h
(menos para São Paulo)
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