São Paulo, domingo, 13 de outubro de 2002

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FUTEBOL

"SuperKaká" faz São Paulo embalar

DA REPORTAGEM LOCAL

Jogo difícil, fora de casa? Isso não é problema para uma equipe que conta com o "SuperKaká". O agora turbinado ídolo tricolor voltou a atuar pelo São Paulo ontem e levou o time do Morumbi a sua terceira vitória seguida no Campeonato Brasileiro.
O resultado valeu o segundo lugar do torneio ao embalado São Paulo, pelo menos enquanto a rodada de hoje não acabar.
Kaká e a evolução do trabalho de reforço muscular que o São Paulo desenvolve com o atleta foram determinantes ontem em Florianópolis, no jogo contra o Figueirense, em que a equipe paulistana venceu por 3 a 0.
Kaká, que por causa de uma contusão na coxa ficou fora do jogo contra o Coritiba, na última terça, estava em toda parte neste sábado, como se estivesse jogando por ontem e pela partida em que não disputou.
Movido a gritinhos da entusiasmada torcida feminina, como se fosse o K do grupo musical teen KLB, Kaká atacou, defendeu, armou o time, deu dribles insinuantes, levou cartão amarelo e fez dois belos gols na partida.
No início, quando a partida parecia que ia ficar presa no equilíbrio das duas equipes, foi ele quem tirou o jogo do marasmo aparente.
Aos 3min, quase marcou de cabeça. Aos 5min, fez grande jogada pela direita e cruzou. Ninguém do ataque soube aproveitar. Aos 7min, ajudou o São Paulo na defesa, retomou a bola e levou com seus passos largos até a área adversária, mas entregou mal a Ricardinho.
O jogo era de Kaká. O Figueirense, percebendo isso, só conseguia assistir. A equipe catarinense, que atuando em casa colecionava três vitórias e uma derrota no campeonato, não se encontrava em campo.
Depois de pelo menos mais quatro boas jogadas com final nem tanto, o jovem pentacampeão marcou um bonito gol.
Aos 34min, novamente puxou um contra-ataque, levou dois jogadores do Figueirense na corrida, tocou para Luís Fabiano, recebeu a bola de volta, driblou o goleiro e marcou com o gol vazio.
Veio a segunda etapa, e Kaká continuava a atração da partida.
O Figueirense não sabia se partia com tudo para o ataque ou se dobrava a atenção defensiva, por causa de Kaká e companhia. O jogo ficou mais amarrado.
Aos 11min, Kaká fez falta dura e tomou um cartão amarelo. Aos, 22min, quando o atacante Leandro saiu, encostou no ataque para auxiliar Luís Fabiano. Iria perder dois gols, mas seu segundo grande feito no jogo demoraria apenas mais dez minutos.
Aos 32min, como um clássico centroavante matador, esperou Ricardinho tabelar com Gabriel para receber a bola na pequena área e só empurrar para o gol vazio, marcando o segundo do São Paulo e seu sexto no Brasileiro.
Aos 42min, Luís Fabiano, coadjuvante de Kaká no ataque, aproveitou boa jogada do lateral Jorginho Paulista e bateu forte, sem chance para o goleiro Edson Bastos. São Paulo 3 a 0.
O jogo de ontem marcou a 428ª partida do goleiro Rogério Ceni pelo São Paulo, igualando o número de atuações no time do também goleiro Zetti. Rogério agora está entre os dez atletas que mais defenderam a camisa tricolor.
Além de contar com o "SuperKaká", o São Paulo também tem agora um superataque. Os dois gols do jogador na partida de ontem, mais o de Luís Fabiano, fizeram o São Paulo virar o melhor ataque da história do Brasileiro.
Desde 1971, o primeiro ano da disputa do torneio, o time do Morumbi já marcou 1090 gols. O Vasco, que perdeu ontem, parou nos 1088, na segunda colocação.



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