São Paulo, domingo, 13 de outubro de 2002

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FUTEBOL

Time paulista sofre virada, iguala placar aos 47min do 2º tempo, mas segue na zona de rebaixamento do Nacional

Palmeiras só empata e se complica mais

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras quase conseguiu ontem superar seus traumas. Quase porque jogava bem, vencia o Juventude por 1 a 0 até os 38min do segundo tempo, em apenas dois minutos levou a virada, mas ainda teve forças para empatar no último minuto. Mesmo assim, o resultado de 2 a 2 foi ruim para as duas equipes.
Os dois clubes, que experimentaram uma ascensão inédita nos anos 90 com a parceria com a Parmalat, entraram em campo como líder, o Juventude, e penúltimo, o Palmeiras, no Brasileiro.
Saíram dele como terceiro, o time gaúcho, com 31 pontos, e 25º, o rival paulista, que, com 16 pontos, vê ainda mais delicada sua situação ao permanecer na vice-lanterna do torneio. Com um empate do Bahia, hoje, os palmeirenses voltam a ocupar a última posição do Nacional. Agora, o time tem apenas mais sete jogos para tentar fugir do rebaixamento.
Com o novo tropeço, os pouco mais de 7.000 torcedores que foram ao Parque Antarctica perderam a paciência com o técnico Levir Culpi e o chamaram de burro. "Esse resultado foi catastrófico. Ninguém esperava essa virada. Terminamos o jogo em clima de funeral", disse o técnico.
Nos primeiros minutos, o Juventude jogou como líder, e o Palmeiras, como penúltimo. Enquanto os gaúchos tomavam a iniciativa do jogo, os donos da casa pareciam amedrontados.
Pelos dois lados, a equipe do Sul chegava à área de Marcos. Assim, Cláudio Pitbull cabeceou livre, mas por cima do gol. O Palmeiras só lembrou que estava em seus domínios quando Juninho fez ótima jogada pela direita, se livrou de um marcador, e quase marcou.
O time acordou e conseguiu equilibrar o jogo. Flávio e Itamar perderam ótimas chances de gol.
Com a mudança de esquema tático -3-5-2 para o 4-4-2-, o time de Levir Culpi acertou a marcação, evitando assim os contragolpes do rival. Ao mesmo tempo, liberou os meias e os laterais para apoiar o ataque.
Apesar disso, o Palmeiras recorreu a uma velha fórmula para atacar o adversário: a bola parada com o paraguaio Arce. Por três vezes em cobranças de falta, o lateral assustou Diego. Em uma delas, o goleiro fez grande defesa e mandou para escanteio. Na outra, o paraguaio bateu com efeito, Diego desviou, e a bola ainda tocou na trave antes de sair.
O Palmeiras, por pouco, não terminou o primeiro tempo na frente. O alento, porém, era de que o time conseguia jogar futebol. "O time está bem e no segundo tempo vamos resolver a parada", dizia Itamar.
Após ótima jogada de Juninho pela esquerda, o meia invadiu a área e foi derrubado por Índio.
Na cobrança, Arce chutou para abrir o placar, aos 10min.
Os palmeirenses não se deram por satisfeitos. O próprio Itamar, por duas vezes, quase resolveu de vez a questão. Quem continuou resolvendo para o Palmeiras foi Arce. O paraguaio salvou sua equipe de levar o empate após toque de calcanhar de Michel.
O Palmeiras só não contava com Leonardo Manzi, que entrou no lugar de Marcelo para "resolver". Em dois minutos fez dois gols. O juventude, por seu lado, não contava com Arce, de novo, que cruzou para Rubens Cardoso empatar aos 47min do segundo tempo e melhorar um pouco a dramática situação palmeirense.



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