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Brasil bate "Argentina" do Mundial de futsal
Seleção italiana protagoniza duelo de bastante rivalidade no Maracanãzinho
Provocações, tumulto, expulsões e muita catimba marcam vitória dos donos da casa por 3 a 0 e passagem às semifinais da competição
MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Tumulto, expulsões, catimba
e provocação. Não faltaram ingredientes no jogo de ontem
para transformar Brasil x Itália
em dos confrontos de maior rivalidade do futsal mundial.
"Pode-se dizer que é como
Brasil x Argentina no futebol",
comparou o fixo Schumacher.
De um lado, brasileiros. Do
outro, também. A Itália é composta apenas de naturalizados,
mas quem levou a melhor foram os que vestiam a camisa
amarela. Ontem, no Rio, o Brasil venceu por 3 a 0 e se garantiu
nas semifinais do Mundial.
Os gols foram marcados por
Schumacher, Lenísio e Ari.
Durante a partida, as seleções brasileira e italiana abusaram das faltas. Só no primeiro
tempo, foram cinco cometidas
pelo Brasil e sete, pela Itália.
Jogadores italianos permaneciam no chão após serem
atingidos até receberem atendimento. Adriano Foglia foi um
deles. Quando se levantou, o pivô brasileiro-italiano ouviu
queixas vindas do banco rival,
de Marcos Sorato, o Pipoca, auxiliar técnico do Brasil.
Na saída para o intervalo, Pipoca voltou a provocar Foglia.
Seu companheiro de equipe
Márcio Forte interveio. Forte e
Pipoca trocaram agressões. Betão, pivô do Brasil, atingiu Forte. Seguranças apartaram. Resultado: Forte e Betão foram
expulsos, e Pipoca, afastado.
"Durante a confusão, ele [Pipoca] falou: "Vocês estão se jogando. Vocês são brasileiros de
merda porque jogam pela Itália".", relatou Forte, após o jogo,
exibindo um arranhão no pescoço e um olho vermelho.
"Ele tem que ter respeito
porque a oportunidade que eu
tive foi na Itália. Ele não pode
causar polêmica. Eu também
tinha que ter ido direto para o
vestiário", lamentou o jogador.
Sandro Zanetti, outro atleta
da Itália, também estava revoltado com a atitude do auxiliar.
"Ele fica provocando para ver
se alguém se irrita e sai expulso.
Ele é um mau-caráter", disse.
Betão e Pipoca não quiseram
se pronunciar após o jogo.
O técnico da seleção brasileira, Paulo César de Oliveira, o
PC, eximiu-se de culpa.
"A atitude de qualquer pessoa fora da quadra não diz respeito a mim, mesmo que seja da
comissão técnica", falou PC.
Após a Itália ter estourado o
limite de cinco faltas, o técnico
lançou o astro Falcão em quadra. Para desespero dos rivais e
felicidade da torcida, o craque
sambou na frente dos italianos
e até arriscou dribles de efeito.
"Essa era a hora de irritar o
rival para conseguir o chute da
marca de dez metros", disse.
A Ucrânia, rival do Brasil
amanhã, perdeu ontem para o
Irã, por 5 a 4, e não tem mais
chance de classificação.
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