São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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JUCA KFOURI

Cadê o São Paulo?


Por mais que ainda tenha muita chance, difícil imaginar este tricolor campeão

POR MAIS que ainda tenha muita chance, difícil imaginar este tricolor campeão mais uma vez.
Empatar com o Inter não é o maior dos problemas do São Paulo.
O xis da questão é só ter vencido, em nove jogos, apenas um rival entre os seis primeiros, o Flu, e na primeira rodada do Brasileirão, em São Januário, que está longe de ser a casa do tricolor carioca.
De lá para cá, foi goleado e empatou com o Corinthians; perdeu para o Vasco no Morumbi e ainda irá enfrentá-lo pelo segundo turno; perdeu as duas para o Flamengo; perdeu, de novo no Morumbi, para o Botafogo e empatou na volta; e perdeu, mais uma vez no Morumbi, para o Fluminense. Ou seja, na hora em que o bicho pegou, o São Paulo, literalmente, amarelou. Em casa e fora dela.
E o adversário de ontem, o Inter, em sétimo lugar, já tinha sido batido, é verdade que em circunstâncias bem diferentes, por 3 a 0, no Beira-Rio.
Vacilando quando encontra um rival de seu tamanho, fica difícil supor que o heptacampeonato possa vir para o São Paulo, embora de adversário direto pela luta pelo título, ou por vaga na Libertadores, só falte o Vasco. Mas anda faltando algo mais também.

GLADIADOR SENSATO
Kleber sempre foi muito mais irresponsável do que um lutador valioso e sempre foi muito mais temerário do que valente, além de demagogo como Marcelinho Carioca. Gladiador de araque. Mas, neste caso, está corretíssimo. E a direção palmeirense, errada ao exigir heroísmo com o pescoço alheio.
Aliás, quem dera que os jogadores de futebol deste país entrassem em greve para mostrar que não aceitam mais covardias como as que vitimaram o volante João Vítor, diante da loja do clube.

GRACIAS, MÉXICO!
Por óbvios que sejam os progressos do futebol mexicano, desta vez sua seleção nem jogou como nunca e apenas perdeu como sempre. Porque permitir a virada brasileira com um a mais e em casa é digno de quem borra fraldas em pleno Dia da Criança -sim, a virada já foi na quarta-feira.
Virada que nasceu de uma cobrança magistral de Ronaldinho em noite discreta e de jogada genial do melhor em campo -dos que jogam na linha-, o anistiado (aleluia!) Marcelo.
Porque a vitória só foi possível mesmo graças ao goleiro Jefferson. O que não a diminui, pois ele é o goleiro da seleção e está lá para isso, como um dia esteve Júlio César e não tem mais por que estar.

blogdojuca@uol.com.br


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