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O PERSONAGEM
'Clube-empresa é solução'
do enviado a Nova Iguaçu (RJ)
A volta do meia Zinho para o
Brasil foi encarada pelos sócios
do Nova Iguaçu como uma
"alavanca" para o clube, que
disputa a segunda divisão do
Campeonato Estadual do Rio.
Com a volta do jogador, tetracampeão mundial, aumentam as chances de a equipe
conseguir parceiros para seu
crescimento, já que Zinho está
usando seu prestígio para buscar mecenas para o time.
(AGz)
Folha - Qual a sua opinião sobre os clubes-empresas?
Zinho - Transformar o clube em empresa é a solução para
o esporte. O departamento de
futebol do Palmeiras, por
exemplo, já funciona assim.
Os dirigentes dos clubes precisam prestar contas sobre os
seus atos. Eles ficam um período na direção e depois vão embora, deixando a bomba para
seus sucessores. Se eles tiverem
que responder por seus atos,
terão mais responsabilidade.
Folha - Você vai transformar
o Nova Iguaçu em empresa?
Zinho - No próximo ano.
Vamos adequar os estatutos às
funções que os sócios já desempenham hoje. Já funcionamos
como uma empresa. Só falta
colocar no papel. Temos os pés
no chão.
Folha - Como surgiu a idéia
de fundar o clube?
Zinho - Em 1989 estava viajando, de férias, à Paraíba com
o Jânio (Moraes, atual presidente do Nova Iguaçu).
Conversamos muito sobre
futebol e a situação social de
Nova Iguaçu. Percebemos a
quantidade de bons jogadores
que surgem na região e a ausência de um clube forte que
poderia manter os garotos na
cidade. Pensamos nisso e juntamos pessoas que não precisavam do futebol para sobreviver
e que estavam pensando em
realizar um trabalho social.
Folha - Você já ganhou dinheiro com o clube?
Zinho - Ainda não tivemos
lucro. Até agora só colocamos
dinheiro lá. Eu contribuo com
R$ 10 mil a R$ 15 mil por ano.
Folha - Qual o caminho para
fazer o Nova Iguaçu crescer?
Zinho - Com uma parceira
boa vamos crescer rápido. Hoje, por exemplo, temos até que
fabricar nossos uniformes.
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