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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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BOXE

Ex-pugilista afirma que idade "para cima" ajudou a promover carreira

Foreman foi campeão como "gato" às avessas

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-bicampeão dos pesos-pesados George Foreman, 54, confirmou ontem que sua carreira foi beneficiada por registros errados de sua idade. O norte-americano reconhece que, em sua volta aos ringues, o erro ajudou a promover o seu slogan "40 [anos] não é uma sentença de morte". Ele não buscou corrigir tal informação.
Desde a década de 70 e até o final da década de 90, diversas entidades e autoridades registravam a data de nascimento do ex-bicampeão como 22 de janeiro de 1948.
Entre elas estariam a Associação Mundial de Boxe, a "The Ring Record Book" (publicação especializada em cartéis), o "Who's Who of Sports Champions" ("Quem É Quem dos Campeões dos Esportes"), a agência France Presse e o historiador Gilbert Odd. Segundo os seus registros, "Big" George estaria atualmente com 55 anos.
Mais recentemente, porém, enquanto algumas fontes mantinham a data de nascimento antiga, publicações e Foreman passaram a afirmar que sua data de nascimento é 10 de janeiro de 1949. Ele estaria com 54 anos.
Ou seja, quando ganhou seu segundo título mundial, em 1994, ele seria de todo modo o mais velho lutador a conquistá-lo, mas sua idade era posta em dúvida.
"Foi um engano. Quando produziram os record books, confundiram o dia e o mês em que fui campeão [pela primeira vez] com os de meu nascimento. Quanto ao ano, não sei de onde saiu", diz Foreman, que está no Brasil para divulgar linha de grelhas, ao ser questionado pela Folha.
"Ser visto como alguém de mais idade, mais próximo dos 40 anos, ajudou quando voltei ao ringue [em 1987, após ter ficado dez anos aposentado]. Depois que meu retorno ficou popular, era melhor dizer que 40 anos não é uma sentença de morte do que 30, não?"
Foreman ainda deu dica para Popó ser mais popular nos EUA. "Para ficar realmente conhecido, ele tem de lutar mais lá, não duas ou três vezes por ano." Nos últimos três anos, ele fez entre uma e duas lutas por ano nos EUA.


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