São Paulo, sábado, 13 de novembro de 2010
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ENTREVISTA CUCA "Nós temos que jogar no limite", diz técnico cruzeirense
COMANDANTE MINEIRO CRÊ EM EQUILÍBRIO ATÉ FIM DO BRASILEIRO E APONTA MEIA MONTILLO COMO RESPONSÁVEL POR CRESCIMENTO DA EQUIPE
 Folha - O que é preciso para o Cruzeiro chegar ao fim do ano com o título nacional? Cuca - Um monte de coisas. Precisa ser equilibrado, ter confiança, jogar bem, errar pouco. Temos que andar no limite, como fizemos em setembro. Depois tivemos uma queda. Uma queda que é normal, todo mundo teve, o Corinthians também teve. Não é fácil ser campeão brasileiro. Aqui não é igual à Espanha, onde o Levante não ganha do Barcelona. Aqui você joga contra os times da zona de rebaixamento, e eles ganham de você. Aqui, é mais fácil cair [para a Série B] do que ser campeão O Corinthians sofreu só um gol depois que o Tite chegou. Como furar essa defesa? Não acho que seja uma retranca. É equilíbrio. O time está jogando bem, ocupando os espaços sem a bola. A saída é também ocupar os espaços. E tem que ter movimentação. Além da qualidade individual da nossa equipe. Como você vê o duelo no meio de campo das equipes? O meio de campo sempre é a parte mais importante [de um time]. Os dois são muito bons. Eles têm um meio muito forte com Ralf, Jucilei, Elias. Você viu o gol que o Elias fez contra o São Paulo? Aquela estocada? Mas o nosso meio de campo também é muito bom, porque são atletas maduros, experientes, que jogam juntos há bastante tempo, técnicos. Para parar o Corinthians, tem que tentar diminuir os espaços para tirar a velocidade dos passes. Montillo caiu de rendimento? Não. Ele passou a ser muito bem marcado. Mas o nosso crescimento em muito se deve a ele. E aqui não é igual ao Chile, onde as distâncias entre uma cidade e outra são pequenas. Estamos sem o Mineirão [em reformas para a Copa-14]. Temos que viajar 600 quilômetros até Uberlândia para jogar em casa! Depois ainda viajamos para jogar contra os outros times. Você também está cansado? Já pensou em parar? Muitas vezes já me perguntei isso. O técnico nunca pode perder. Pode estar com raiva, mas quando entra no vestiário, não pode demonstrar para os jogadores, porque tem que levantar o moral dos caras. Mas a vontade que eu tenho de ganhar é maior. Texto Anterior: José Geraldo Couto: Vaquinha da Fiel Próximo Texto: Com dúvidas, Cuca definirá time momentos antes do jogo Índice | Comunicar Erros |
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