São Paulo, Segunda-feira, 13 de Dezembro de 1999


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OLIMPÍADA
Entidade inclui atletas entre os membros e rejuvenesce comitê para evitar novos casos de corrupção
COI promove reestruturação total

das agências internacionais

Na 110ª sessão de seus 105 anos de história, realizada em Lausanne, na Suíça, o COI (Comitê Olímpico Internacional) aprovou uma reforma total em sua estrutura.
A entidade aprovou todas as 50 recomendações, a maioria de forma unânime, elaboradas pelo Comitê COI-2000, criado para estudar uma reestruturação do COI após denúncias de corrupção.
O primeiro efeito das mudanças pôde ser sentido durante a votação de algumas propostas.
Por causa de uma das recomendações, sete atletas em atividade foram aceitos como membros da entidade (leia texto nesta página), prestaram juramento e passaram a compor o eleitorado.
Com a inclusão dos esportistas, as questões passaram a ser decididas por 100 pessoas.
Apenas sete recomendações da comissão receberam votos contrários durante a assembléia.
A sugestão que mais sofreu resistência foi a que proibia membros do COI de visitar cidades candidatas.
Outra medida que teve oposição foi a que diminuía a idade limite para os integrantes do comitê: de 80 para 70 anos.
Oito votos foram contrários a essa mudança, que acabou aprovada com o apoio de 81 eleitores. A norma, porém, passa a valer somente para os novos membros.
Além do rejuvenescimento, houve mudança na composição dos quadros da entidade.
O COI poderá ter no máximo 115 membros: 15 atletas em atividade, 15 presidentes de federações nacionais, 15 presidentes de comitês olímpicos nacionais e 70 pessoas eleitas por critérios individuais.
A entidade não estipulava um limite de integrantes nem determinava a distribuição em cada área de atuação.
Os novos integrantes passam a ser eleitos para um mandato de oito anos, com a possibilidade de reeleição. Até então, os membros permaneciam até os 80 anos.
A duração do mandato presidencial também foi alterado. Fica definido um limite de 12 anos: um primeiro período de oito anos e a possibilidade de uma segunda gestão de quatro anos.
O espanhol Juan Antonio Samaranch completará 21 anos no cargo máximo em 2001, quando encerra seu mandato.
Além de mudanças estruturais, o movimento olímpico também aprovou medidas para reforçar a luta contra o doping.
Os atletas que participam de Olimpíadas terão que apresentar um ""passaporte" médico, em que devem estar registrados seus antecedentes em testes antidoping.
O COI poderá realizar exames fora de competição a partir do momento em que é feita sua inscrição para os Jogos.
As modalidades que não sigam as regras da Agência Mundial Antidoping serão excluídas das competições do COI.
""Prometemos ao mundo que mudaríamos e estamos cumprindo", afirmou o presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, que considerou ""histórica" a sessão encerrada ontem.


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