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OLIMPÍADA
Entidade inclui atletas entre os membros e rejuvenesce comitê para evitar novos casos de corrupção
COI promove reestruturação total
das agências internacionais
Na 110ª sessão de seus 105 anos
de história, realizada em Lausanne, na Suíça, o COI (Comitê Olímpico Internacional) aprovou uma
reforma total em sua estrutura.
A entidade aprovou todas as 50
recomendações, a maioria de forma unânime, elaboradas pelo Comitê COI-2000, criado para estudar uma reestruturação do COI
após denúncias de corrupção.
O primeiro efeito das mudanças
pôde ser sentido durante a votação de algumas propostas.
Por causa de uma das recomendações, sete atletas em atividade
foram aceitos como membros da
entidade (leia texto nesta página),
prestaram juramento e passaram
a compor o eleitorado.
Com a inclusão dos esportistas,
as questões passaram a ser decididas por 100 pessoas.
Apenas sete recomendações da
comissão receberam votos contrários durante a assembléia.
A sugestão que mais sofreu resistência foi a que proibia membros do COI de visitar cidades
candidatas.
Outra medida que teve oposição foi a que diminuía a idade limite para os integrantes do comitê: de 80 para 70 anos.
Oito votos foram contrários a
essa mudança, que acabou aprovada com o apoio de 81 eleitores.
A norma, porém, passa a valer somente para os novos membros.
Além do rejuvenescimento,
houve mudança na composição
dos quadros da entidade.
O COI poderá ter no máximo
115 membros: 15 atletas em atividade, 15 presidentes de federações nacionais, 15 presidentes de
comitês olímpicos nacionais e 70
pessoas eleitas por critérios individuais.
A entidade não estipulava um limite de integrantes nem determinava a distribuição em cada área
de atuação.
Os novos integrantes passam a
ser eleitos para um mandato de
oito anos, com a possibilidade de
reeleição. Até então, os membros
permaneciam até os 80 anos.
A duração do mandato presidencial também foi alterado. Fica
definido um limite de 12 anos: um
primeiro período de oito anos e a
possibilidade de uma segunda
gestão de quatro anos.
O espanhol Juan Antonio Samaranch completará 21 anos no
cargo máximo em 2001, quando
encerra seu mandato.
Além de mudanças estruturais,
o movimento olímpico também
aprovou medidas para reforçar a
luta contra o doping.
Os atletas que participam de
Olimpíadas terão que apresentar
um ""passaporte" médico, em que
devem estar registrados seus antecedentes em testes antidoping.
O COI poderá realizar exames
fora de competição a partir do
momento em que é feita sua inscrição para os Jogos.
As modalidades que não sigam
as regras da Agência Mundial Antidoping serão excluídas das competições do COI.
""Prometemos ao mundo que
mudaríamos e estamos cumprindo", afirmou o presidente do COI,
Juan Antonio Samaranch, que
considerou ""histórica" a sessão
encerrada ontem.
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