DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério Público fluminense entrou ontem com uma ação civil pública com pedido de liminar na Justiça do Rio para barrar a demolição dos galpões ferroviários e das oficinas do Engenho de Dentro (zona norte), onde está sendo construído parte do Estádio Olímpico João Havelange.
O promotor Carlos Frederico Saturnino alega que as estruturas são tombadas pelo patrimônio histórico-cultural municipal.
"A Prefeitura do Rio não pode permitir que isto aconteça. Eles vão ter de encontrar uma solução. Uma delas pode ser fazer mudanças no projeto", disse Saturnino.
Os galpões e as oficinas integram uma área de cerca de 70 mil m2. O terreno em que será erguida a arena é de cerca de 250 mil m2.
O estádio será o principal parque esportivo construído para o Pan-Americano de 2007. Sua obra está orçada em R$ 166 milhões.
Amanhã, a Refer (fundo de pensão dos ferroviários do país e dos metroviários do Rio) vai tentar na Justiça embargar a obra. Segundo os diretores do fundo, o terreno pertence à Rede Ferroviária Federal, empresa que está em liquidação e deve R$ 510 milhões à Refer.
O João Havelange terá capacidade para cerca de 40 mil torcedores e contará com uma pista de atletismo. Deve ficar pronto em 2005 e poderá ser administrado por um clube. O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) ainda pretende construir na área o Centro Olímpico de Desenvolvimento.


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