São Paulo, terça-feira, 14 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Ofensas ao presidente da Comissão de Arbitragem rendem apenas multa

Luxemburgo paga e foge de gancho, mas não se retrata

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico do Santos, Vanderlei Luxemburgo, foi absolvido ontem pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol da acusação de que usou a imprensa para ofender a entidade e o juiz Cléber Wellington Abade, que poderia levá-lo a suspensão de 60 a 360 dias.
Caso fosse condenado, o treinador poderia ficar de fora da reta final do Campeonato Paulista, no qual seu time lidera (31 pontos).
Apesar de se livrar de ter infringido o parágrafo único do artigo 188 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), Luxemburgo não escapou de ser enquadrado no artigo 50 do regulamento geral das competições da FPF.
Nesse caso, quem acabou punido foi o Santos, que terá de pagar uma multa de R$ 25 mil pelo fato de Luxemburgo ter ofendido verbalmente Marcos Marinho, ex-comandante da Polícia Militar e atual presidente da Comissão de Arbitragem da FPF.
O TJD, no entanto, solicitou que o clube desconte depois o valor da multa do salário do seu técnico.
Em entrevista coletiva gravada pela TV após a vitória por 1 a 0 sobre o Rio Branco, na Vila Belmiro, dia 25 de fevereiro, pelo Estadual, o treinador havia dito que "com todo o respeito, lugar de comandante é no quartel" e "ele não conhece regras de futebol".
Naquela ocasião, Luxemburgo não havia gostado da escalação de Abade. "Eu não me arrependo de ter dito nada daquilo. Falo ainda que lugar de comandante é no quartel", reiterou Luxemburgo, após o julgamento.
"Falei aquilo como uma crítica construtiva", justificou ele.
Procurado pela Folha, Marinho falou que o assunto está encerrado. "Ele colocou a posição dele sem o intuito de me ofender. Não me senti ofendido", disse o ex-policial militar, que assumiu a comissão após ter estourado o escândalo da arbitragem em 2005.
O Santos também foi condenado a pagar R$ 5.000 por infringir o artigo 215 do CBJD por entrar atrasado em campo diante do Rio Branco, naquela oportunidade.


Texto Anterior: Tênis: Agassi diz que quer comprar troféus de Borg
Próximo Texto: Sindicato de juízes contra-ataca e vai avaliar erros de atleta e técnico
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.