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TÊNIS
Brasileiro, que estréia hoje, vive maior jejum da carreira na terra batida
Em Mônaco, Guga busca recuperar a coroa no saibro
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
No principado mais badalado
do mundo, Gustavo Kuerten, 26,
inicia sua tentativa de recuperar o
posto de "rei do saibro". Ele pega
hoje, por volta das 10h, o americano Mardy Fish, em sua estréia na
temporada européia nesse piso.
Nos melhores anos de sua carreira (2000 e 2001), Guga teve ótimo desempenho na terra batida.
Ele terminou 2000 como primeiro do ranking e com aproveitamento de 82,4% nesse piso. À
sua frente, só o espanhol Alex
Corretja (83,9%). A diferença é
que o rival só obteve sucesso em
torneios menores (Gstaad e Kitzbuehel). Já Guga ganhou em Santiago, além do Masters Series de
Hamburgo e de Roland Garros.
Em 2001, Guga teve um desempenho ainda melhor. Ganhou
92,3% das partidas que disputou
no saibro, erguendo o troféu em
Buenos Aires, Acapulco, Stuttgart, além do Masters Series de
Montecarlo e de Roland Garros.
Kuerten só não conseguiu repetir o feito de encerrar a temporada
no topo do ranking por causa da
abrupta queda de rendimento no
final de 2001, que culminou com a
cirurgia no quadril direito. Sua
volta às quadras foi no meio da
temporada européia de saibro.
Foram cinco torneios seguidos
na terra batida, com resultados
modestos para quem havia reinado nos anos anteriores. No entanto, com Guga a meia-força, ninguém conseguiu substituí-lo e
concentrar as maiores glórias.
Carlos Moyá registrou o melhor
aproveitamento (82,9%), mas
seus títulos foram em torneios
menores (Acapulco, Bastad e
Umag). O espanhol Albert Costa
venceu Roland Garros, mas foi
sua única conquista em 2002.
Neste ano, Guga jogou apenas
dois torneios no saibro -foi semifinalista em Buenos Aires e
Acapulco. "Minha parte favorita
do ano chegou", diz ele.
Kuerten também tenta colocar a
carreira de volta à normalidade.
Desde que se recuperou da operação, ele tem um desempenho superior em quadra dura, na qual
venceu 72,4% dos jogos disputados contra 72% na terra batida.
Mais representativo são os resultados fora do saibro. Os dois títulos pós-operatórios (Costa do
Sauípe e Auckland) ocorreram
em quadra dura, além do resultado mais expressivo (a final do
Masters Series de Indian Wells).
No saibro, o estágio mais avançado que ele atingiu foi a semifinal. Até no carpete, superfície na
qual não ostenta nenhum título,
ele chegou a uma final, em Lyon.
Em jejum, Guga não ergue um
troféu no saibro há 90 semanas.
Seu período mais longo sem conquistas nesse piso havia sido de 59
semanas, entre o título de Roland
Garros-97 e o de Stuttgart-98.
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