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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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TÊNIS

Brasileiro, que estréia hoje, vive maior jejum da carreira na terra batida

Em Mônaco, Guga busca recuperar a coroa no saibro

FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

No principado mais badalado do mundo, Gustavo Kuerten, 26, inicia sua tentativa de recuperar o posto de "rei do saibro". Ele pega hoje, por volta das 10h, o americano Mardy Fish, em sua estréia na temporada européia nesse piso.
Nos melhores anos de sua carreira (2000 e 2001), Guga teve ótimo desempenho na terra batida.
Ele terminou 2000 como primeiro do ranking e com aproveitamento de 82,4% nesse piso. À sua frente, só o espanhol Alex Corretja (83,9%). A diferença é que o rival só obteve sucesso em torneios menores (Gstaad e Kitzbuehel). Já Guga ganhou em Santiago, além do Masters Series de Hamburgo e de Roland Garros.
Em 2001, Guga teve um desempenho ainda melhor. Ganhou 92,3% das partidas que disputou no saibro, erguendo o troféu em Buenos Aires, Acapulco, Stuttgart, além do Masters Series de Montecarlo e de Roland Garros.
Kuerten só não conseguiu repetir o feito de encerrar a temporada no topo do ranking por causa da abrupta queda de rendimento no final de 2001, que culminou com a cirurgia no quadril direito. Sua volta às quadras foi no meio da temporada européia de saibro.
Foram cinco torneios seguidos na terra batida, com resultados modestos para quem havia reinado nos anos anteriores. No entanto, com Guga a meia-força, ninguém conseguiu substituí-lo e concentrar as maiores glórias.
Carlos Moyá registrou o melhor aproveitamento (82,9%), mas seus títulos foram em torneios menores (Acapulco, Bastad e Umag). O espanhol Albert Costa venceu Roland Garros, mas foi sua única conquista em 2002.
Neste ano, Guga jogou apenas dois torneios no saibro -foi semifinalista em Buenos Aires e Acapulco. "Minha parte favorita do ano chegou", diz ele.
Kuerten também tenta colocar a carreira de volta à normalidade. Desde que se recuperou da operação, ele tem um desempenho superior em quadra dura, na qual venceu 72,4% dos jogos disputados contra 72% na terra batida.
Mais representativo são os resultados fora do saibro. Os dois títulos pós-operatórios (Costa do Sauípe e Auckland) ocorreram em quadra dura, além do resultado mais expressivo (a final do Masters Series de Indian Wells).
No saibro, o estágio mais avançado que ele atingiu foi a semifinal. Até no carpete, superfície na qual não ostenta nenhum título, ele chegou a uma final, em Lyon.
Em jejum, Guga não ergue um troféu no saibro há 90 semanas. Seu período mais longo sem conquistas nesse piso havia sido de 59 semanas, entre o título de Roland Garros-97 e o de Stuttgart-98.


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