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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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VÔLEI

A felicidade é gaúcha

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

Poucas vezes vi um time tão feliz em cima de um pódio. Todo mundo pulando, se abraçando, nem acreditando no que estava acontecendo. Tanta felicidade tem motivo: a surpresa. No início da temporada, poucos arriscariam em apostar que o título da Superliga ficaria com a Ulbra.
Os favoritos eram Minas, Banespa, Suzano e Unisul. E o time gaúcho foi derrubando todo mundo. Nas finais, foi perfeito. Ganhou três jogos seguidos da Unisul, time com a melhor campanha da Superliga. Um detalhe: dessas partidas, duas foram na casa do adversário. E, no último confronto, a vitória foi por 3 a 0.
O certo é que a Ulbra se superou e provou a velha máxima: um grande levantador faz a diferença e vale por meio time. Para dar uma exemplo, na última partida das finais a Unisul conseguiu fazer apenas três pontos de bloqueio. Prova que Ricardinho fez o que quis com a bola: distribuiu com perfeição o jogo.
A Ulbra também mostrou um paredão no bloqueio com Renato Felizardo dando um show. A média do time foi de 13 pontos nesse fundamento por jogo nas finais. A equipe também tem dois ponteiros habilidosos e que seguram bem a onda na recepção: Luciano Bozko e Roberto Minuzzi.
E, para completar a equipe, ainda teve Marcelo Negrão. Como o atleta mesmo afirma, poucas pessoas acreditavam que ele poderia voltar a jogar bem depois de uma séria contusão no joelho e mais de um ano afastado das quadras. Ele voltou e muito bem. Para a felicidade geral dele, de quem gosta de vôlei e da nação.
E, você sabe, um time também precisa ter estrela. E o técnico da Ulbra, Marcelo Fronckowiak, tem. Na sua primeira Superliga como técnico, mostrou talento mexendo no time com perfeição. Mas ele também mostrou sorte: todas as suas substituições nas finais deram muito certo.
Já a Unisul, como bem disse o técnico Carlos Weber, não entrou em quadra no jogo de anteontem. Mas o time também ficou sem uma grande opção. Carlão, que tinha sido o destaque da partida anterior, não pôde jogar. Foi suspenso por 30 dias por não ter comparecido ao exame antidoping. E ele fez muita falta. Se o pódio da Ulbra era felicidade, o da Unisul era só lágrimas. O jovem Wallace, uma das revelações da temporada, era o retrato da tristeza. Dirceu, o rei da saque no torneio, não escondia o choro. O time tinha a melhor campanha, lutava pelo primeiro título da Superliga, mas, na hora da decisão, nada deu certo.
No feminino, o BCN/Osasco conseguiu uma grande vantagem: venceu o MRV/Minas no primeiro jogo das finais, em Belo Horizonte. E foi uma vitória da tática e bem mais fácil do que você, eu e todos nós esperávamos.
A chave do sucesso aconteceu no primeiro set: o time de Osasco sacou insistentemente na norte-americana Logan Tom e conseguiu desestabilizar a jogadora.
Logan, uma das atletas fundamentais da equipe do Minas, saiu no final do primeiro set e não se acertou mais na partida. A partir daí, ficou aberto o caminho para a vitória.

Italiano 1
O Cuneo, do atacante Giovane, e o Ferrara, de Giba e Gustavo, não conseguiram passar para as semifinais do Campeonato Italiano. O Cuneo acabou perdendo ontem a terceira partida, da série de cinco, para o Treviso por 3 sets a 0. Já o Ferrara também foi eliminado ao sofrer a terceira derrota para o Milano por 3 sets a 0.

Italiano 2
O Macerata, de Nalbert, e o Modena, de Dante, perderam ontem, mas continuam na luta por uma vaga na semifinal, já que tinham vencido as duas partidas anteriores no Campeonato Italiano. O Macerata foi derrotado pela equipe do Latina por 3 sets a 2. Pelo mesmo placar, o Modena tropeçou diante do Trentino. A próxima partida será realizada na quarta-feira.

E-mail cidasan@uol.com.br


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