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VÔLEI
A felicidade é gaúcha
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Poucas vezes vi um time tão
feliz em cima de um pódio.
Todo mundo pulando, se abraçando, nem acreditando no que
estava acontecendo. Tanta felicidade tem motivo: a surpresa. No
início da temporada, poucos arriscariam em apostar que o título
da Superliga ficaria com a Ulbra.
Os favoritos eram Minas, Banespa, Suzano e Unisul. E o time
gaúcho foi derrubando todo
mundo. Nas finais, foi perfeito.
Ganhou três jogos seguidos da
Unisul, time com a melhor campanha da Superliga. Um detalhe:
dessas partidas, duas foram na
casa do adversário. E, no último
confronto, a vitória foi por 3 a 0.
O certo é que a Ulbra se superou
e provou a velha máxima: um
grande levantador faz a diferença
e vale por meio time. Para dar
uma exemplo, na última partida
das finais a Unisul conseguiu fazer apenas três pontos de bloqueio. Prova que Ricardinho fez o
que quis com a bola: distribuiu
com perfeição o jogo.
A Ulbra também mostrou um
paredão no bloqueio com Renato
Felizardo dando um show. A média do time foi de 13 pontos nesse
fundamento por jogo nas finais. A
equipe também tem dois ponteiros habilidosos e que seguram
bem a onda na recepção: Luciano
Bozko e Roberto Minuzzi.
E, para completar a equipe, ainda teve Marcelo Negrão. Como o
atleta mesmo afirma, poucas pessoas acreditavam que ele poderia
voltar a jogar bem depois de uma
séria contusão no joelho e mais de
um ano afastado das quadras. Ele
voltou e muito bem. Para a felicidade geral dele, de quem gosta de
vôlei e da nação.
E, você sabe, um time também
precisa ter estrela. E o técnico da
Ulbra, Marcelo Fronckowiak,
tem. Na sua primeira Superliga
como técnico, mostrou talento
mexendo no time com perfeição.
Mas ele também mostrou sorte:
todas as suas substituições nas finais deram muito certo.
Já a Unisul, como bem disse o
técnico Carlos Weber, não entrou
em quadra no jogo de anteontem.
Mas o time também ficou sem
uma grande opção. Carlão, que
tinha sido o destaque da partida
anterior, não pôde jogar. Foi suspenso por 30 dias por não ter
comparecido ao exame antidoping. E ele fez muita falta. Se o pódio da Ulbra era felicidade, o da
Unisul era só lágrimas. O jovem
Wallace, uma das revelações da
temporada, era o retrato da tristeza. Dirceu, o rei da saque no
torneio, não escondia o choro. O
time tinha a melhor campanha,
lutava pelo primeiro título da Superliga, mas, na hora da decisão,
nada deu certo.
No feminino, o BCN/Osasco
conseguiu uma grande vantagem: venceu o MRV/Minas no
primeiro jogo das finais, em Belo
Horizonte. E foi uma vitória da
tática e bem mais fácil do que você, eu e todos nós esperávamos.
A chave do sucesso aconteceu
no primeiro set: o time de Osasco
sacou insistentemente na norte-americana Logan Tom e conseguiu desestabilizar a jogadora.
Logan, uma das atletas fundamentais da equipe do Minas, saiu
no final do primeiro set e não se
acertou mais na partida. A partir
daí, ficou aberto o caminho para
a vitória.
Italiano 1
O Cuneo, do atacante Giovane, e o Ferrara, de Giba e Gustavo, não
conseguiram passar para as semifinais do Campeonato Italiano. O
Cuneo acabou perdendo ontem a terceira partida, da série de cinco,
para o Treviso por 3 sets a 0. Já o Ferrara também foi eliminado ao sofrer a terceira derrota para o Milano por 3 sets a 0.
Italiano 2
O Macerata, de Nalbert, e o Modena, de Dante, perderam ontem,
mas continuam na luta por uma vaga na semifinal, já que tinham
vencido as duas partidas anteriores no Campeonato Italiano. O Macerata foi derrotado pela equipe do Latina por 3 sets a 2. Pelo mesmo
placar, o Modena tropeçou diante do Trentino. A próxima partida
será realizada na quarta-feira.
E-mail cidasan@uol.com.br
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