São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2001

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FUTEBOL

Jogadores ficam inconformados por mais um ano, o 18º, na fila, enquanto técnico aponta erro de cronometragem

Santistas choram e culpam arbitragem

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto os corintianos se ajoelhavam para agradecer, quase sem acreditar que estavam classificados para a final do Paulista, com um gol aos 48min do segundo tempo, os santistas caíam no gramado, chorando como crianças. Nos vestiários, muitas críticas à arbitragem.
Essa foi a reação dos jogadores e de integrantes da comissão técnica do Santos diante da eliminação do time ontem, no Morumbi.
Depois de acreditar que a vaga estava assegurada, com a torcida pedindo o encerramento da partida e já festejando o fato de ter o Botafogo como adversário nas finais, os santistas não se conformaram com a realidade de ficar mais um ano na fila, o 18º desde o último título estadual, em 1984.
"O clima não poderia ser pior. É de cemitério. Foi injusto perder desse jeito", disse após o jogo o meia Robert, um dos que mais choraram na saída dos vestiários.
"Não dá para acreditar que o jejum de títulos ainda não chegou ao fim. Não há explicação", afirmou o zagueiro Claudiomiro.
Para o técnico Geninho, que também chorou nos vestiários, a arbitragem foi responsável pela eliminação do Santos.
"Os juízes pipocaram em três lances que foram decisivos na partida. Em primeiro lugar, não tiveram coragem de expulsar o Otacílio quando ele derrubou o Robert em um contra-ataque em que ele era o último homem em direção ao gol. Depois, não expulsaram o Rogério quando ele deu um carrinho por trás no Leo. Por último, não tiveram coragem de terminar o jogo com a bola nos pés do Corinthians, e daí saiu o gol da vitória", disse o treinador.
Logo depois do gol de Ricardinho, o técnico invadiu o gramado para reclamar e acabou expulso.
"Não me conformo. No caso do Galván, deram cartão vermelho sem pestanejar. O jogo era para ter acabado antes do gol do Corinthians. Nessa hora, já tinham passados 20 segundos além dos 48 minutos que a arbitragem havia estipulado. Eu estava cronometrando", disse o técnico.
Geninho criticou também o volante Rincón por não ter cobrado o pênalti de sua equipe no primeiro tempo. ""Pedi a ele, que me disse que o Dodô ia bater e não assumiu a responsabilidade. Só seu eu entrasse em campo para mudar."
"Agora não adianta chorar. O Dodô vinha cobrando os pênaltis porque queria a artilharia, e vinha fazendo isso bem", disse Rincón.
Sob o pretexto de que havia sido sorteado para o exame antidoping, Dodô não quis falar.



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