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FUTEBOL
Jogadores ficam inconformados por mais um ano, o 18º, na fila, enquanto técnico aponta erro de cronometragem
Santistas choram e culpam arbitragem
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto os corintianos se
ajoelhavam para agradecer, quase
sem acreditar que estavam classificados para a final do Paulista,
com um gol aos 48min do segundo tempo, os santistas caíam no
gramado, chorando como crianças. Nos vestiários, muitas críticas
à arbitragem.
Essa foi a reação dos jogadores e
de integrantes da comissão técnica do Santos diante da eliminação
do time ontem, no Morumbi.
Depois de acreditar que a vaga
estava assegurada, com a torcida
pedindo o encerramento da partida e já festejando o fato de ter o
Botafogo como adversário nas finais, os santistas não se conformaram com a realidade de ficar
mais um ano na fila, o 18º desde o
último título estadual, em 1984.
"O clima não poderia ser pior. É
de cemitério. Foi injusto perder
desse jeito", disse após o jogo o
meia Robert, um dos que mais
choraram na saída dos vestiários.
"Não dá para acreditar que o jejum de títulos ainda não chegou
ao fim. Não há explicação", afirmou o zagueiro Claudiomiro.
Para o técnico Geninho, que
também chorou nos vestiários, a
arbitragem foi responsável pela
eliminação do Santos.
"Os juízes pipocaram em três
lances que foram decisivos na
partida. Em primeiro lugar, não
tiveram coragem de expulsar o
Otacílio quando ele derrubou o
Robert em um contra-ataque em
que ele era o último homem em
direção ao gol. Depois, não expulsaram o Rogério quando ele deu
um carrinho por trás no Leo. Por
último, não tiveram coragem de
terminar o jogo com a bola nos
pés do Corinthians, e daí saiu o
gol da vitória", disse o treinador.
Logo depois do gol de Ricardinho, o técnico invadiu o gramado
para reclamar e acabou expulso.
"Não me conformo. No caso do
Galván, deram cartão vermelho
sem pestanejar. O jogo era para
ter acabado antes do gol do Corinthians. Nessa hora, já tinham
passados 20 segundos além dos
48 minutos que a arbitragem havia estipulado. Eu estava cronometrando", disse o técnico.
Geninho criticou também o volante Rincón por não ter cobrado
o pênalti de sua equipe no primeiro tempo. ""Pedi a ele, que me disse que o Dodô ia bater e não assumiu a responsabilidade. Só seu eu
entrasse em campo para mudar."
"Agora não adianta chorar. O
Dodô vinha cobrando os pênaltis
porque queria a artilharia, e vinha
fazendo isso bem", disse Rincón.
Sob o pretexto de que havia sido
sorteado para o exame antidoping, Dodô não quis falar.
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