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Luxemburgo cita livro de Geisel
DA REPORTAGEM LOCAL
Assuntos particulares não fazem parte dos temas das entrevistas coletivas do técnico do Corinthians, Wanderley Luxemburgo.
Mas ontem, após a conquista da
vaga na final do Paulista, o treinador mudou de estratégia.
Reticente no início -quando
disse que queria dar prioridade
aos aspectos técnicos do jogo e se
recusou a responder sobre o assunto-, o técnico corintiano acabou falando do crime de falsidade
ideológica de que é acusado por
ter portado documentos com o
ano de nascimento adulterado.
Para tanto, Luxemburgo usou o
trecho do livro do ex-presidente
Ernesto Geisel ("A Educação pela
Disciplina", FGV). "Nasci em
Bento Gonçalves em 3 de agosto
de 1907, embora em meus assentamentos militares figure a data
de 1908. É que havia uma idade limite máxima para entrar no colégio Militar e, como era procedimento comum na época, muitos
alteraram a data de nascimento",
leu o técnico, que completou: "E
ele foi presidente do Brasil".
Luxemburgo, entretanto, negou-se a comparar a ascensão do
Corinthians e a sua própria, desde
que deixou a seleção brasileira
após o fiasco da seleção olímpica.
"Não tem nada a ver. Os jogadores que perderam dez partidas no
ano passado [na Copa João Havelange", venceram dez [seguidas,
no Paulista", classificaram-se e
agora estão na final. Foi importante também a diretoria não ter
contratado ninguém durante o
torneio. Eles sabiam que podiam
e conseguiram. Foi uma classificação nobre", disse.
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