São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2001
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PAINEL FC Eminência 1 A "ditadurazinha" que Leão havia prometido para a seleção já tem o seu Golbery -general que ganhou notoriedade no regime militar por trabalhar nos bastidores e controlar os presidentes: Antônio Lopes. Eminência 2 O coordenador é peça importante nas mudanças que a entidade fará para o jogo contra o Uruguai, pelas eliminatórias da Copa, em Montevidéu. Lopes será responsável por alterar os rumos técnicos da gestão Leão. Estrelas Para a partida contra o Uruguai, a seleção poderá ter a volta dos "medalhões" que foram barrados por Leão na última partida, contra o Peru. Entre os jogadores que poderão voltar estão Roberto Carlos, Rivaldo, e Antônio Carlos. Subida Até a partida contra o Peru, no mês passado, Lopes se manteve à sombra de Leão. Evitava polemizar com o treinador. Mas nas duas últimas semanas mostrou que seu prestígio cresce com a CBF, enquanto o do treinador parece diminuir. Direito de espernear O Vasco prometeu para esta semana uma posição sobre a tabela do Brasileiro lançada semana passado no Rio, sem a presença de Eurico Miranda e com de Marcelo de Campos Pinto, executivo da Globo Esportes. O clube ameaça não jogar o torneio. Alguém acredita? Pegadinha O "pacto da bola" -CBF, governo, C-13, Globo e Traffic- pegou pesado com Eurico Miranda. O primeiro jogo do Vasco no Brasileiro deste ano será com o Gama, no Distrito Federal, onde estão muitos desafetos do dirigente carioca. Boss Em São Januário, já há quem diga que Eurico é o ex-homem-forte do Vasco. O cargo agora pertenceria a Romário. Segundo o jornal "O Globo", o atacante, sem receber salário há seis meses, vem bancando o pagamento de alguns colegas de equipe. Fora da fita A Rede Globo não botou fé na audiência do futebol paulista. Para o Rio de Janeiro, exibiu o filme "Comando Delta", com Chuck Norris, no lugar de Santos x Corinthians. Quem se deu bem foi a Rede TV!, que transmitiu o jogo para os cariocas. Na fita Não foram apenas os moradores do Rio que puderam ver Santos x Corinthians pela Rede TV!. Depois ter anunciado durante a semana Ponte Preta x Botafogo, a emissora transmitiu ontem para a capital a disputa entre os grandes de São Paulo. Dia das Mães Mães de alguns jogadores foram ao Morumbi acompanhar a semifinal. As dos corintianos Ewerthon e Ricardinho eram só sorrisos. Já a do santista Caio se derramou em lágrimas. Roque Citadini, diretor de futebol do Corinthians, também chorou. Barbearia Ribeirão Preto, do Botafogo, fez barba, cabelo e bigode. Até o Comercial, ameaçado pelo rebaixamento na A-2, ganhou ontem: 1 a 0 no forte América. No basquete, o COC bateu o Tilibra. Calcanhar A CBF tinha um parecer jurídico que lhe garantia vitória no STF contra as quebras de sigilo das CPIs do Congresso. Ricardo Teixeira, no entanto, decidiu que não iria recorrer e que faria desse ato "transparente" sua principal bandeira de defesa. Cartilha A estratégia do dirigente está descrita no livro "A Síndrome de Aquiles" (Editora Gente), que o jornalista Mário Rosa, consultor de imagem da CBF, acaba de lançar. A obra não se resume apenas ao "caso CBF", mas dá um boa noção desse receituário que vem norteando a entidade. Injustiçado? A seleção do Campeonato do Nordeste, encerrado mês passado, tem apenas dois jogadores dos finalistas, Bahia (campeão) e Sport -um de cada. Já o Náutico, líder isolado da primeira fase, mas que caiu na semifinal, emplacou cinco. E-mail: painelfc.folha@uol.com.br DIVIDIDA Do ministro Carlos Melles (Esportes), sobre as propostas de pôr fim aos campeonatos regionais do país: - Esses torneios são fundamentais, não podem acabar. CONTRA-ATAQUE Mané, o terror de Didi A mesma elegância que desfilava dentro de campo o craque Didi, morto anteontem, fazia questão de demonstrar fora das quatro linhas. Só uma pessoa era capaz de desconsertá-lo, e essa pessoa chamava-se Garrincha, companheiro de Didi na Copa da Suécia e no Botafogo. Garrincha, na verdade, não era apenas o "terror" de Didi, mas de quase todo o time. O centroavante Quarentinha, por exemplo, foi apelidado por Garrincha de "cabeção". Era comum Mané desenhar bonecos com enormes cabeças e nomeá-los de Quarentinha. Os alvos das gozações sabiam que não adiantava ralhar. Primeiro porque era melhor não contrariá-lo, pois ele garantia o "bicho". Depois, porque ele não se importava com as broncas. Por essas e outras é que Garrincha fazia questão de desestruturar o ar circunspecto de Didi. Quando o meio-campista menos esperava, Garrincha beliscava suas bochechas e dizia: -Etâ crioulo bonito. Didi se enfurecia, mas, depois, ria, com elegância, é claro. MULTIMÍDIA El Clarín de Buenos Aires Jornal lembra as proezas de Didi ARGENTINA - Com o título
"Adiós, "Jogo Bonito'", o diário
argentino dá destaque para a
morte do bicampeão mundial
Waldir Pereira, o Didi, com um
texto que conta as proezas do
ex-jogador com relação à Argentina. Como técnico da seleção do Peru, Didi eliminou a seleção argentina da Copa do
Mundo de 70, no México. E depois teve uma boa passagem como técnico do River Plate, onde
marcou época no início da década de 70 por ter feito uma reformulação no time. ITÁLIA - O jornal italiano especializado em esportes relata a
morte de Didi chamando o ex-jogador da seleção brasileira de
"legendário" e lembrando o ataque que ele formou na Copa da
Suécia, em 1958, com Pelé, Vavá
e Zagallo. |
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