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VÔLEI
Apenas 2 dos 7 atletas "estrangeiros" que venceram o Mundial acertaram volta ao país, que pode ver novas exportações
Fracassa plano para repatriar campeões
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O tão sonhado repatriamento
dos campeões mundiais de vôlei
não vai acontecer. Na próxima
temporada, que antecede a Olimpíada de Atenas, os brasileiros
continuarão a ver suas principais
estrelas brilharem no exterior.
Dos sete jogadores da seleção
que atuaram fora do país no último ano, cinco não devem percorrer o caminho de volta.
O capitão Nalbert continua no
Macerata, da Itália. Ele deve disputar o mais competitivo campeonato do mundo com Giba,
que negocia com o Cuneo (ex-time de Giovane), Gustavo, pretendido pelo Treviso, e Dante, finalista da competição pelo Modena. Já
Anderson tem proposta para ficar
na NEC (Japão) e ou arrumar as
malas rumo ao vôlei italiano.
Apenas Giovane e André Nascimento foram repatriados, ambos
pelo Telemig-Minas. O ponta,
após o imbróglio envolvendo sua
transferência do Suzano para o
Banespa, jogou o fim da temporada na Itália. Já André teve passagem pelo Panathinaikos, da Grécia. Os dois atuarão ao lado de
seus companheiros na Argentina,
em 2002, Henrique e Ricardinho.
A lista de campeões mundiais
exportados pode crescer ainda
mais. O levantador Maurício,
substituído no Minas por seu reserva na seleção, deve ir também
para a Itália. Já o líbero Escadinha
estuda proposta da França.
O único clube que ainda pode
conter esse êxodo é o Banespa.
Sem orçamento definido para
2003/2004, a equipe paulista é a
única entre as grandes do país que
ainda não está com o seu elenco,
ao menos parcialmente, definido.
Escadinha e o meio-de-rede Rodrigão, que jogaram no time na
Superliga passada, esperam proposta para renovação.
A vontade de promover a volta
dos atletas campeões mundiais foi
manifestada pela Confederação
Brasileira de Vôlei logo após a
conquista na Argentina. A principal motivação era o temor pela
queda no interesse pela Superliga
por causa da ausência das maiores estrelas do país. Mas a vontade
da CBV, que chegou a armar um
"plano de repatriamento", esbarrou nas altas propostas estrangeiras -feitas em dólar- e na falta
de verba das equipes brasileiras.
A entidade já viveu situação semelhante, mas, na época, obteve
êxito. Dois anos após a conquista
da medalha de ouro na Olimpíada
de Barcelona-1992, a CBV, em
parceria com o Banco do Brasil,
repatriou cinco dos seis titulares
que estavam no exterior.
Marcelo Negrão, Tande, Carlão,
Giovane e Maurício voltaram ao
Brasil graças a um investimento
de US$ 2 milhões por ano feito até
os Jogos de Atlanta-1996.
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