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O PERSONAGEM
Mauro Silva fala em coração e "amadorismo"
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O volante Mauro Silva, remanescente do tetra em 94, foi a grande surpresa da lista de Luiz Felipe Scolari. Há três anos longe da seleção, ele já adotou o discurso do novo técnico da equipe. À Folha, ele falou de coração em campo e que não há dinheiro que pague a Copa.
Folha - Surpreso em voltar à seleção após três anos?
Mauro Silva - Foi uma alegria imensa ser convocado depois de três anos e quando estou com 33 anos. Enquanto você está jogando, sempre há a ilusão de ser chamado.
Eu estou louco para vestir a camisa da seleção, especialmente neste momento de dificuldade. O Brasil não pode ficar nesta situação.
Folha - Scolari gosta de atletas voluntariosos, como você. É disso que a seleção precisa?
Mauro Silva - Hoje, vale muito o coração, a vontade, a garra. Dói ver o Brasil do jeito que está. Temos que fechar o grupo. Não podemos abaixar a cabeça. Quero ajudar a colocar o Brasil no lugar dele. Temos que recuperar o prestígio da seleção.
Folha - Conhece Scolari?
Mauro Silva - Nunca trabalhei com ele. Mas o César Sampaio me fala muito que ele é honesto, competente, sério. Sei que ele é um homem simples e que tenta sempre fazer o correto.
Folha - Depois do tetra, já vislumbra agora outra Copa?
Mauro Silva - O tetra foi a maior alegria da minha vida. Não tem dinheiro que pague essa conquista. Eu e o Romário, os remanescentes do tetracampeonato, podemos passar a experiência para os outros.
Folha - Você está satisfeito apenas em voltar ao grupo ou quer uma vaga no time titular?
Mauro Silva - Estou feliz por estar no grupo, mas vou lutar pela posição de titular. Todos os jogadores têm que lutar por isso. O grupo ganha com isso.
Folha - Os últimos técnicos não o chamaram mesmo com o título espanhol do La Coruña. Por quê?
Mauro Silva - Quase todo jogo do La Coruña é visto pela TV, mas um jogo no Brasil tem muito mais repercussão.
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