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FUTEBOL
Juazeiro tenta encerrar jejum de 32 anos sem títulos de times do interior
Decisão do Baiano agita a
"Bombonera do sertão" hoje
NADIA GONZAGA
FREE LANCE PARA A FOLHA
A decisão do título baiano de
2001 não terá como palco os dois
mais tradicionais estádios da Bahia, a Fonte Nova e o Barradão.
Juazeiro e Bahia se enfrentam
hoje, às 15h, no pequeno e cinquentenário estádio Adauto Moraes, ou, como preferem os baianos, o "La Bombonera do sertão".
O La Bombonera é o "alçapão"
do Boca Juniors (ARG). Nele, a
torcida exerce enorme pressão sobre o time visitante, e a equipe da
casa dificilmente perde. O estádio
do Juazeiro, de estrutura precária,
pode receber 12 mil torcedores.
Para interromper um jejum de
32 anos sem que times do interior
conquistem o título estadual, o
Juazeiro depende de um empate.
No primeiro jogo da final, domingo passado, houve empate de
1 a 1 na Fonte Nova.
Mesmo com salários atrasados
há seis meses, o Juazeiro não perde há oito jogos e já goleou o rival
de hoje por 4 a 1 na primeira fase.
O presidente do clube, que tem
patrocínio único da Prefeitura de
Juazeiro, Carlos Humberto, promete regularizar a situação dos jogadores hoje, logo após a decisão
do título. A folha de pagamento
do time é de R$ 45 mil por mês.
"Eu não tenho atletas, tenho um
bocado de heróis", afirmou o técnico do time, Sapatão.
É assim mesmo que Élcio Nogueira, 53, gosta de ser chamado.
Sapatão foi zagueiro do Fluminense de Feira de Santana na conquista do título de 1969, o último
de um time do interior da Bahia.
Colaborou Rodrigo Planet,
da Reportagem Local
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