São Paulo, quinta-feira, 14 de junho de 2001

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FUTEBOL

Juazeiro tenta encerrar jejum de 32 anos sem títulos de times do interior

Decisão do Baiano agita a "Bombonera do sertão" hoje

NADIA GONZAGA
FREE LANCE PARA A FOLHA

A decisão do título baiano de 2001 não terá como palco os dois mais tradicionais estádios da Bahia, a Fonte Nova e o Barradão.
Juazeiro e Bahia se enfrentam hoje, às 15h, no pequeno e cinquentenário estádio Adauto Moraes, ou, como preferem os baianos, o "La Bombonera do sertão".
O La Bombonera é o "alçapão" do Boca Juniors (ARG). Nele, a torcida exerce enorme pressão sobre o time visitante, e a equipe da casa dificilmente perde. O estádio do Juazeiro, de estrutura precária, pode receber 12 mil torcedores.
Para interromper um jejum de 32 anos sem que times do interior conquistem o título estadual, o Juazeiro depende de um empate.
No primeiro jogo da final, domingo passado, houve empate de 1 a 1 na Fonte Nova.
Mesmo com salários atrasados há seis meses, o Juazeiro não perde há oito jogos e já goleou o rival de hoje por 4 a 1 na primeira fase.
O presidente do clube, que tem patrocínio único da Prefeitura de Juazeiro, Carlos Humberto, promete regularizar a situação dos jogadores hoje, logo após a decisão do título. A folha de pagamento do time é de R$ 45 mil por mês.
"Eu não tenho atletas, tenho um bocado de heróis", afirmou o técnico do time, Sapatão.
É assim mesmo que Élcio Nogueira, 53, gosta de ser chamado.
Sapatão foi zagueiro do Fluminense de Feira de Santana na conquista do título de 1969, o último de um time do interior da Bahia.


Colaborou Rodrigo Planet, da Reportagem Local


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