FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MONTRÉAL

Com 24 horas de antecedência, o clima deve decidir o GP do Canadá, o oitavo do Mundial de F-1.
Caso chova no treino oficial, a Ferrari não deverá ter adversários e provavelmente verá McLaren e Williams muito atrás no grid, fora de combate para a corrida.
A esperança das equipes inglesas é um treino com sol, improvável segundo a meteorologia.
O treino que define o grid para o GP do Canadá acontece a partir das 14h (de Brasília), com TV.
A chave para toda essa situação está nos pneus. Ontem, na pré-classificação, debaixo de chuva, a Bridgestone mostrou que trouxe ao Canadá compostos bem mais eficientes do que os da Michelin.
E, entre os grandes times, só a Ferrari usa a borracha japonesa.
A diferença ficou clara. Rubens Barrichello e Michael Schumacher foram os mais rápidos. Em seguida, coadjuvantes da categoria, mas que tiraram vantagem dos compostos da Bridgestone: Nick Heidfeld, da Sauber, e Ralph Firman, da Jordan.
O melhor piloto com Michelin foi Fernando Alonso, em quinto, distante 4s248 de Barrichello.
Kimi Raikkonen, da McLaren, líder do campeonato, ficou apenas em sexto lugar.
"É óbvio que os pneus tiveram a ver com o resultado", disse Barrichello. Uma pole, hoje, seria um alívio para ele, que teve uma semana difícil. Na segunda-feira, a Ferrari renovou o contrato de seus principais profissionais até 2006. Só esqueceu o brasileiro.