DE BUENOS AIRES

"Juntos somos mais." Com esta mensagem em milhares de balões em formato cilíndrico, a torcida do Boca Juniors tentou fazer valer ontem a mística da Bombonera.
Antes do jogo, muitos dos torcedores que passavam pela área de imprensa pediram para tirar foto com Falcão, ex-jogador do arqui-rival gremista, o Internacional, e atual comentarista de TV.
"Ele é o maior jogador da história do maior rival do Grêmio. Se veio aqui, é para dar sorte para a gente", disse o torcedor Facundo Díaz, 22, sem idade para se lembrar de Falcão como jogador.
A torcida do Grêmio conseguiu se fazer ouvir antes do jogo, quando a Bombonera ainda não estava lotada. Toda vez, porém, que gritos de "Grêmio, Grêmio" ecoavam pelo estádio, o locutor animava a torcida do Boca.
A volta do Grêmio a uma final da Libertadores depois de 12 anos atraiu uma multidão de jornalistas gaúchos a Buenos Aires. Entre eles, o solitário narrador de uma rádio de Bento Gonçalves, que transmitiu o jogo em italiano. A narração começou bem-humorada, e o locutor até cantou para mostrar seus dotes de tenor.
Antes da partida, enquanto um insólito conjunto de "cheerleaders" fazia uma coreografia ao som de uma cumbia, os torcedores do Boca estavam preocupados em reafirmar aos gaúchos gremistas que Maradona foi melhor do que Pelé.
O ex-jogador argentino esteve no campo para ver a partida. No fim, a torcida cantou por outro 10: "Riquelme, não se vá do Boca".0 (RR)


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