São Paulo, Segunda-feira, 14 de Junho de 1999
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CORTADA
A decepção da Liga

CIDA SANTOS

A seleção brasileira conseguiu ontem a segunda vitória consecutiva sobre a Holanda, que já pode ser eleita a decepção da Liga Mundial. Em seis jogos, os holandeses, atuais campeões olímpicos, colecionam cinco derrotas e praticamente estão fora das finais. Sorte do Brasil, que tem agora quatro vitórias em seis jogos.
O certo é que o time brasileiro, apesar de ainda irregular em quadra, fez ontem sua melhor partida e está em uma situação confortável. Divide a liderança da chave com o surpreendente Canadá e joga os próximos três finais de semana, que serão decisivos para a classificação, em casa.
Para a Holanda, que em seis jogos ganhou oito sets e perdeu 17, o futuro parece sombrio. O planejamento do técnico Toon Gerbrands fracassou. Ele deu duas semanas de férias para os principais jogadores, como Bas van de Goor e Richard Schuil. Certamente apostou que iria vencer o Canadá e a Espanha.
Com as derrotas, teve que chamar às pressas seus atletas para os jogos contra o Brasil. Van de Goor, por exemplo, treinou só dois dias. E Schuil acabou se machucando no terceiro set do jogo de sábado.
O certo é que Gerbrands já tem um antecedente que pode fragilizá-lo ainda mais no cargo: por problemas de relacionamento com o técnico, Peter Blangé, um dos melhores levantadores do mundo, deixou a seleção. E, desde a sua a saída, a Holanda nunca mais foi a mesma. Vale lembrar: no ano que vem, tem Olimpíada.
Depois de três finais de semana de jogos, só duas seleções se mantêm invictas: Rússia e Cuba. O que chama atenção na seleção russa é o potencial físico. Dos 18 atletas inscritos na Liga, apenas sete têm estatura inferior a dois metros de altura. Bem diferente, por exemplo, do Brasil, no qual apenas seis têm mais de dois metros.

E-mail cidasan@uol.com.br

NOTAS

Copa América
Os jogadores da seleção brasileira que se transferirem para a Itália vão ter problemas para a disputa de dois amistosos contra o Japão e da Copa América, em outubro. O Campeonato Italiano começa dia 26 de setembro, e os dirigentes dos clubes não vão querer liberar os atletas.

Patrocínio
Richard Nassif, supervisor da Uniban, campeã da última Superliga e desativada logo após o torneio, está procurando um co-patrocinador para um novo time feminino. Nassif já assegurou o patrocínio principal, mas precisa de um parceiro para dividir as despesas.

Transferências
O Napoli, da Itália, está querendo contratar a atacante Virna, campeã brasileira pela Uniban. Já o argentino Marcos Milinkovic, que nas duas últimas temporadas jogou no Olympikus, do Rio, vai assinar contrato com o Treviso, atual bicampeão italiano.


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