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Marcos mantém reservas na fila
Titularidade "incontestável" do goleiro palmeirense diminui a chance de suplentes na equipe
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
Marcos, 36, será o goleiro
da segunda "era Scolari" no
Palmeiras. Porque o técnico
quer contar com ele, maior
ídolo da história do clube e
que ainda exibe excelentes
performances sob as traves.
Mas também porque da safra de goleiros posterior ao
campeão mundial de 2002
não foi possível, ainda, pinçar um substituto à altura.
Assim, entre apostar em
um reserva e queimá-lo ou
continuar confiando o gol da
equipe ao veterano, a segunda opção tem sido a preferida
da diretoria e dos diferentes
treinadores que passaram
pelo clube nos últimos anos.
"Foi assim com o Marcos
também. A preocupação
nunca foi criar um santo,
mas honrar a tradição da
Academia", diz Carlos Pracidelli, de volta ao clube ao
qual já dedicou mais de dez
anos preparando goleiros.
O último suplente que conseguiu uma sequência significativa de jogos entre os titulares foi Diego Cavalieri, hoje
no Liverpool, da Inglaterra.
Mas a chance concedida
por Caio Júnior, o então treinador em 2007, ao novato
ocorreu em virtude das seguidas lesões que atormentaram Marcos naquele ano.
Cavalieri foi tão bem que
acabou despertando o interesse de outros clubes brasileiros e do futebol europeu.
Foi embora no ano seguinte,
após Vanderlei Luxemburgo
tê-lo barrado para trazer Marcos de volta à equipe titular.
Recuperado fisicamente, o
experiente goleiro não saiu
mais do time, a não ser quando foi poupado pela comissão técnica. Nessas ocasiões,
Marcos já foi substituído por
Bruno e por Deola, atuais segundo e terceiro arqueiros,
respectivamente, do clube.
Bruno, 26, ganhou seis
chances consecutivas e outras intercaladas no ano passado. Ao todo, já disputou 21
partidas pelo clube. É o reserva mais rodado e faz questão
de declarar seu amor ao time
do coração, que ele começou
a defender aos 13 anos.
No entanto falhou em algumas ocasiões, como no gol
de Ronaldo para o Corinthians, no Brasileiro-2009.
Já Deola, 27, rodou por outras equipes, como Guarani,
Sertãozinho e Juventus, onde
adquiriu experiência antes
de retornar ao Parque Antarctica. Apesar da baixa estatura em comparação com
os demais reservas, é ágil.
Os outros dois suplentes
nem tiveram chance no time
profissional. Carlos, 19, e Raphael, 21, aproveitam a tradicional escola de goleiros palmeirense para se aperfeiçoarem. Isso sem contar os jogadores do juvenil que não treinam com o grupo principal.
Raphael Borges, 19, já tem sido convocado para as seleções de base do Brasil.
Todos eles tinham esperança de aparecer após Marcos declarar seguidas vezes
que iria se aposentar ao final
da atual temporada. Terão de
esperar mais um pouco.
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