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ABERTURA
Exuberante, evento de três horas vira mote para gregos pregarem competência
Festa reúne piscinão, deuses e megatocha
DOS ENVIADOS A ATENAS
Da trilha de Mikis Theodorakise
para "Zorba, o Grego" a uma
mensagem enviada por dois astronautas em uma estação espacial. A cerimônia que abriu a 28ª
Olimpíada, em Atenas, centrou-se no orgulho do passado grego,
mas com um pé no presente.
"Evitamos fazer uma festa nostálgica, mas nos focamos em contar uma história", disse Dimitri
Papaioannou, criador do evento.
Na primeira das cerca de três
horas de duração da festa, a história grega foi recriada no Estádio
Olímpico, por meio da arte e da
mitologia, em meio a um espelho
d'água formado no centro da arena. "Bem-vindo ao lar" foi o termo usado, pois os gregos criaram
os Jogos, na Antigüidade.
Os efeitos especiais lembravam
Eros, o deus do amor, e uma oliveira -árvore ligada à deusa Atenas- serviu de abrigo para os
discursos de Gianna Angelopoulos-Daskalaki, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, e
Jacques Rogge, chefe do COI.
Nos desfiles das delegações, pela
primeira vez o som ficou a cargo
de um DJ. A equipe brasileira
atravessou o estádio bastante
aplaudida e vestindo uniformes
alusivos aos Jogos Pan-Americanos de 2007, que serão no Rio.
O ápice foi a entrada da tocha,
que passou pelas mãos de diversos atletas até chegar a Nikolaos
Kaklamanakis, iatista medalha de
ouro em Atlanta-96. Ele subiu
uma escadaria, e a pira olímpica
desceu até ele mecanicamente,
voltando depois para o alto do estádio. Após críticas, devido ao
atraso na organização, a festa não
só ocorreu sem problemas como
foi exuberante. "Mostramos que
não temos apenas cultura e história, mas que somos muito competentes", afirmou Gianna.
(FÁBIO SEIXAS E MARCELO DIEGO)
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