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No Mundial, craques não justificaram altos salários
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO
O desempenho dos craques da Premier League na
última Copa do Mundo foi inversamente proporcional aos
salários que recebem e à badalação que os cerca.
Os astros que brilham nos
gramados perfeitos da Inglaterra não chegaram nem perto disso na África do Sul.
O maior símbolo desse fracasso no Mundial foi a decepcionante campanha da seleção inglesa, que não tinha
atletas "estrangeiros".
Rooney e Lampard caíram
nas oitavas de final, depois
de terem empatado com EUA
e Argélia na fase de grupos.
Houve muito mais. Artilheiro da última Premier League, Didier Drogba não conseguiu fazer a Costa do Marfim superar a primeira fase.
Só anotou um gol, contra o
Brasil, com o jogo já definido.
A seleção francesa, provavelmente o maior fiasco da
Copa-2010, tinha sete jogadores (quatro deles titulares)
em times ingleses.
O argentino Tevez (Manchester City) esteve longe de
liderar sua seleção. Assim como o dinamarquês Bendtner
(Arsenal) e o sul-africano Pienaar (Everton), entre outros.
Alemanha e Uruguai, respectivamente quarto e terceiro colocados, não tinham jogador na Premier League.
A contribuição do Inglês
para as seleções finalistas
também foi pouca. Na Espanha, Fernando Torres, estrela do Liverpool, fez tão pouco
que acabou a Copa no banco,
ao lado de Fàbregas (Arsenal), que pelo menos de a assistência para o gol do título.
Na Holanda, o atacante
Van Persie (Arsenal) foi a
grande decepção. Só não perdeu o lugar porque não havia
reservas à altura. Kuyt (Liverpool) foi provavelmente o
melhor "inglês" do Mundial.
Pouco para um campeonato tão badalado, que não emplacou nenhum atleta na lista dos dez melhores da Copa.
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