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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Com mudança, dinheiro da TV seria renegociado

DO PAINEL FC

É possível que esteja no parágrafo sexto da cláusula sexta do contrato de cessão de direitos do Campeonato Brasileiro a verdadeira explicação para que a Globo, de um lado, queira rever a fórmula do Nacional, e os clubes, de outro, façam força para mantê-la.
Diz o texto: "Na hipótese de o formato das temporadas 2004 e 2005 da competição não incluir jogos de todos os clubes contra todos em regime de turno e returno, o preço acordado para a cessão dos direitos objeto deste contrato deverá ser revisto".
No total, a maior patrocinadora do Brasileiro teve que desembolsar R$ 215 milhões para exibir o Nacional -R$ 25 milhões a mais do que previra.
E a conta só deve crescer, uma vez que o pay-per-view já atingiu o patamar mínimo de R$ 40 milhões (229 mil pacotes) e, agora, será dividido igualmente entre TV e clubes.
Em 2004, os clubes também terão direito a 50% das vendas do "Jogada da Sorte", título de capitalização que tem seus sorteios realizados todo domingo por Fausto Silva -neste ano, o lucro é 100% da Globo.
Enquanto Corinthians e Vasco reclamam do pouco fluxo de torcedores e dos constantes prejuízos na bilheteria, times com menos fãs festejam a arrecadação do pay-per-view.
"Hoje, renda de público no estádio não toca clube nenhum. Temos cotas o ano todo e podemos nos planejar pelo fluxo de caixa. Por isso, o Guarani está só com meio salário atrasado", afirma o presidente José Luiz Lourencetti.
O Coritiba segue a mesma linha. "O crescimento do pay-per-view nos dá um conforto, uma tranquilidade", festeja o presidente Giovani Gionédis.
"Mesmo com a cota aquém do que merecemos [R$ 2,5 milhões], defendo os pontos corridos", diz João Batista Babi, vice do Figueirense. (FV e FM)


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